22 de dezembro de 2024 Doar
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Dezenas de milhares participam da 49ª Marcha pela Vida nos EUA

Dezenas de milhares participam da Marcha pela Vida de 2022 no National Mall, Washington, DC | Katie Yoder - ACI Prensa

Dezenas de milhares de americanos pró-vidas se reuniram na sexta-feira para a 49ª Marcha pela Vida. "Esperamos e rezamos para que este ano, 2022, traga uma mudança histórica para a vida", disse Jeanne Mancini, presidente da Marcha pela Vida, organizadora do evento, aos participantes reunidos no evento de abertura da marcha.

Ela se referia ao caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization, que deve seur julgado pela Suprema Corte dos EUA ainda no primeiro semestre de 2022. O caso é sobre uma lei do Estado do Mississipi que praticamente proíbe o aborto no Estado.

Uma decisão favorável ao Mississipi representará o fim de Roe x Wade, a decisão da Suprema Corte tomada em 22 de janeiro de 1973, a Suprema Corte dos EUA abriu as portas para a legalização do aborto nos EUA. Desde então, 60 milhões de bebês foram mortos.

Se Roe e a decisão judicial relacionada em Planned Parenthood of Southeast Pennsylvania x Casey forem anuladas, a regulamentação do aborto retornaria às legislaturas estaduais democraticamente eleitas, muitas das quais estão preparadas para promulgar restrições importantes ao aborto.

Katie Shaw, defensora da vida que tem síndrome de Down, e o padre Mike Schmitz, apresentador do podcast "Bíblia em Um Ano", falaram no evento de abertura da marcha.

"Há uma razão para estarmos aqui. E as razões têm princípios. A Igreja apresentou ao mundo há 2 mil anos esta verdade de que todo ser humano importa, que toda vida importa... Cada pessoa aqui importa", disse o padre Schmitz em entrevista à EWTN Pro-Life Weekly antes de seu discurso.

 

Schmitz, da diocese de Duluth, Minnesota, falou do mesmo tema em seu discurso.

"Acho que estamos aqui porque o aborto, o que foi feito, parte nosso coração. E eu conheço tantas pessoas aqui, vocês estão aqui porque sabem da dignidade da vida humana. E tantas pessoas estão entre nós porque essa história faz parte da sua história, porque você se encontrou em um ponto e um lugar onde parecia que a vida era impossível", disse.

"Então eu sei que estamos cercados por homens e mulheres que escolheram o aborto. Ouça, você precisa saber que é para você estar aqui. Você importa, você faz parte disto. Não importa qual seja o seu passado, você ainda é amado. Você precisa saber disso. Você ainda é amado e ainda importa", acrescentou.

A marcha começou por volta das 13h30 e foi do National Mall até a Avenida Constituição, terminando em frente às escadarias da Suprema Corte dos EUA.

As pessoas foram chegando aos poucos para participar até se juntar uma grande multidão de dezenas de milhares de participantes.

Mary St. Hilaire, de 21 anos, de Wichita, Kansas, e Kristina Massa, de 22 anos, de Lincoln, Nebraska, participaram da marcha com um grupo chamado Justice For All, que capacita as pessoas a terem conversas "produtivas" sobre o direito à vida.

"Sou a favor da vida porque acredito que a vida começa na concepção, que há um ser humano individual novo e único desde o momento da concepção. E acredito que matar esse ser humano é uma grave injustiça, que eles são iguais a você e a mim, e que merecem o mesmo direito à vida. E também acredito que o aborto prejudica as mulheres, e as mulheres merecem algo melhor", disse St. Hilaire à CNA, agência do grupo ACI em inglês.

Mary St. Hilaire, de Wichita, Kansas (à esquerda), e Kristina Massa, de 22 anos, de Lincoln, Nebraska, na Marcha pela Vida. Katie Yoder/CNA

O arcebispo de Baltimore e presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, dom William Lori, disse que o movimento pró-vida não pode se dar ao luxo de se tornar "complacente", independentemente do resultado do caso Dobbs.

"A oposição da Igreja Católica ao aborto é uma resposta de amor tanto para as mães quanto para seus filhos no útero. O ensinamento da Igreja proclama uma mensagem de vida, lembrando-nos que cada vida é um dom sagrado de Deus desde o momento da concepção até a morte natural", disse dom Lori em comunicado.

"Não podemos construir uma sociedade verdadeiramente justa e permanecer satisfeitos com o enorme impacto de Roe x Wade, que ceifou mais de 60 milhões de vidas desde 1973. Rezemos, jejuemos e trabalhemos pelo dia em que o dom de cada ser humano, a vida, seja protegido na lei e acolhida no amor", acrescentou.

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