23 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco pede para defender a dignidade da mulher

Papa Francisco na oração do Ângelus. | Vatican Media

Ao concluir a oração do Ângelus hoje, 6 de fevereiro, o papa Francisco lançou um forte apelo em favor da dignidade da mulher e agradeceu a coragem e o compromisso das consagradas que trabalham pastoralmente em prol do respeito à pessoa humana.

O papa saudou especialmente um grupo de religiosas presentes na Praça de São Pedro da rede Talitha Kum comprometidas contra o tráfico de pessoas, agradeceu-lhes "pelo que fazem, por sua coragem" e as encorajou em seu trabalho.

A rede internacional contra o tráfico de seres humanos Talitha Kum é composta por mais de três mil religiosas e colaboradores leigos em todo o mundo.

As freiras presentes na Praça do Vaticano também levaram uma estátua de santa Josefina Bakhita, que o papa abençoou. As consagradas estavam com um grupo de pessoas da seção de Migrantes e Refugiados do Vaticano, liderada pelo prefeito interino do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Michael Czerny.

O papa recordou que no próximo dia 8 de fevereiro, memória litúrgica de santa Josefina Bakhita, será celebrado o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas 2022, com o tema: "A força do cuidado. Mulheres, economia e tráfico de seres humanos".

Em 2015, o papa Francisco instituiu o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas na memória litúrgica de santa Josefina Bakhita, que é celebrado no dia 8 de fevereiro.

"Esta é uma ferida profunda, infligida pela vergonhosa busca de interesses econômicos sem nenhum respeito pela pessoa humana", lamentou o papa.

Além disso, advertiu que "muitas jovens, as vemos nas ruas, que não são livres, são escravas de traficantes, que as mandam trabalhar e, se voltam sem dinheiro, as espancam. Hoje isso acontece em nossas cidades. Pensemos seriamente nisso".

Da mesma forma, o papa recordou que hoje, 6 de fevereiro, é o Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina promovido pelas Nações Unidas.

"São cerca de três milhões de meninas que, todos os anos, se submetem a esta cirurgia, muitas vezes em condições muito perigosas para a sua saúde. Essa prática, infelizmente difundida em várias regiões do mundo, humilha a dignidade da mulher e atenta gravemente a sua integridade física", disse.

Assim, o papa se referiu a estes dois "flagelos da humanidade", expressou sua "dor" e lançou um apelo enérgico pela dignidade da mulher.

"Exorto odos aqueles que têm a responsabilidade de agir de forma decisiva para impedir tanto a exploração quanto as práticas humilhantes que afligem de modo particular as mulheres e meninas", concluiu o papa.

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