22 de dezembro de 2024 Doar
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Conselho muçulmano rechaça acusação de islamofobia contra política croata católica

A deputada croata Marijana Petir | Cortesia

Um organismo que representa mais de mil líderes muçulmanos em todo o mundo manifestou-se contra a inclusão de uma política católica da Croácia em um relatório sobre islamofobia na Europa.

O Conselho Global de Imãs disse na terça-feira, 8 de fevereiro que considerava a referência a Marijana Petir no Relatório Europeu de Islamofobia 2020 "imprecisa, irresponsável e difamatória".

"O Conselho Global de Imãs ficou alarmado ao saber da inclusão da honorável Marijana Petir, membro do Parlamento croata, no Relatório Europeu de Islamofobia publicado em 29 de dezembro de 2021, e sua classificação como 'islamofóbica'. Rejeitamos esse ataque e o consideramos falso, impreciso, irresponsável e difamatório", disse um comunicado assinado pelo presidente do grupo, imã Mohammad Baqir al-Budairi.

"Marijana Petir MP é conhecida por este conselho como defensora da paz, harmonia, coexistência e direitos dos cristãos perseguidos em todo o mundo, mais especificamente no Oriente Médio."

O relatório de 886 páginas citou Petir, ex-membro do Parlamento Europeu, na seção "Islamofobia na Croácia Relatório Nacional 2020", um dos 31 relatórios de países.

"A política e parlamentar independente Marijana Petir, conhecida por sua declaração de 2015 dizendo que os cristãos eram perseguidos por muçulmanos em guerras e que a atual 'crise de refugiados' era de fato uma tentativa dos muçulmanos de ocupar países europeus predominantemente católicos, incluindo a Croácia, sugeriu uma proposta no valor de 1,5 milhão de HRK na forma de ajuda a cristãos processados ​​por sua fé em países onde militantes islâmicos estão no poder. O governo aceitou a proposta."

Uma nota de rodapé do relatório citou um artigo referente a um discurso que ela fez em 2015, publicado na revista semanal croata Nacional em 25 de novembro de 2020.

Petir disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, em 21 de janeiro, que a descrição de seu discurso de 2015, tanto no relatório quanto no artigo, era imprecisa.

"O relatório sobre islamofobia na Europa para 2020 contém uma declaração minha de 2015, que eu nunca fiz, então podemos considerar que este relatório é baseado em acusações falsas", disse ela.

Petir foi fundamental para persuadir o governo croata a oferecer bolsas de estudos para jovens de países onde os cristãos enfrentam perseguição.

A introdução das bolsas marcou a primeira vez desde que o país conquistou a independência em 1991 que destinou dinheiro especificamente para ajudar indivíduos fora da União Europeia perseguidos por sua fé cristã.

Petir disse que não está claro como dar bolsas de estudo a cristãos perseguidos pode ser caracterizado como islamofobia.

"Não damos bolsas de estudo a cristãos apenas porque são cristãos, mas porque são o grupo religioso mais perseguido do mundo, e isso é confirmado por relatórios de organizações internacionais como Ajuda à Igreja que Sofre e Open Doors", disse ela à CNA.

O Conselho Global de Imãs, que tem sede no Iraque e diz representar cerca de 1.350 líderes muçulmanos de mais de 90 nacionalidades diferentes, defendeu os comentários de Petir sobre o extremismo islâmico.

"Suas declarações críticas a extremistas e terroristas islâmicos não a tornam uma islamofóbica. É seu dever como membro eleito do Parlamento condenar todas as formas de terrorismo, e ela tem o apoio deste conselho ao fazê-lo", afirmou.

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