17 de novembro de 2024 Doar
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Imagem de Nossa Senhora fica intacta após deslizamento em Petrópolis

Capelinha com imagem de Nossa Senhora das Graças intacta. | Reprodução Facebook Diário de Petrópolis

Em meio ao cenário de destruição causada pelo deslizamento de terras durante o temporal que atingiu Petrópolis (RJ) no dia 15 de janeiro, uma imagem tem chamado a atenção dos moradores da cidade: uma capelinha com a imagem de Nossa Senhora das Graças ficou intacta mesmo após a queda do muro onde está construída.

"Maria sempre de pé, como esteve ao lado de Jesus na cruz. Mãezinha, cuide dos seus filhos aqui na terra", escreveu um internauta ao compartilhar a cena nas redes sociais. As fotos viralizaram.

Foram registradas até a manhã de hoje, 21 de fevereiro, 176 mortes, segundo o Corpo de Bombeiros. Trata-se do maior número de vítimas fatais registrado por causa de temporais na cidade. Até então, a maior catástrofe tinha acontecido em 1988, quando 171 pessoas morreram.

Ainda há 117 pessoas desaparecidas e as equipes de buscas continuam atuando nas áreas afetadas. Além do Morro da Oficina, os trabalhos acontecem em outras localidades como Caxambu, Chácara Flora, Vila Felipe, entre outras áreas.

A capelinha de Nossa Senhora que ficou em pé fica no conjunto habitacional BNH (Banco Nacional de Habitação) do Alto da Serra, um dos bairros mais afetados pelo temporal. O muro do condomínio veio abaixo devido à força da enxurrada e aos deslizamentos de terra. Atrás do BNH está o Morro da Oficina, local onde uma barreira caiu e devastou dezenas de casas, deixando vários mortos e desaparecidos.

A imagem de Nossa Senhora teria sido colocada no local por uma moradora, na época em que o condomínio foi construído, em 1973. Em declarações ao site do jornal 'Extra', moradores atribuíram à intercessão da Virgem Maria o fato de nada de mais grave ter acontecido com eles. "Eu vejo isso como um milagre de Deus. Uma chuva como essa é ela ficar intacta. Ela se salvou para nos proteger. Infelizmente, algumas pessoas não sobreviveram. Mas, ela ficou aqui para nós proteger", disse o morador José Luiz Montalvane, 75 anos. "Isso é mistério de Deus", afirmou a síndica Tânia Maara Sacchetto, 70 anos.

Hoje, 21 de fevereiro, às 19h, o bispo da diocese de Petrópolis, dom Gregório Paixão, celebrará uma missa de sétimo dia pelas vítimas da tragédia, na igreja de Santo Antônio, no Alto da Serra.

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