VATICANO, Nov 16, 2005 / 18:51 pm
O Secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Dom Giovanni Lajolo, precisou que quando a Igreja estabelece concordatos e outros acordos o faz com os estados e não com os governos.
"Os concordatos e outros acordos –observou– se estipulam com países regidos por diversas formas de governo, sem que por princípio se exclua alguma delas”, declarou o Arcebispo ao oferecer uma conferência sobre diplomacia vaticana na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Segundo o perito, “às vezes se reprovou à Santa Sé que também tenha aceito concluir acordos com regimes totalitários, lhes dando de alguma forma um aval moral e facilitando sua presença no contexto internacional. Neste sentido terá que precisar acima de tudo que com esses acordos a Santa Sé não reconheceu jamais um regime determinado; segundo o direito internacional quem estipula o acordo é o Estado, que permanece, e não o governo, ou o regime que passa”.
“Não se pode esquecer que a Santa Sé, ao concluir os acordos, quer proteger a liberdade da Igreja em um país e o direito à liberdade religiosa dos fiéis e cidadãos, e isto pode resultar ainda mais necessário quando quem governa o Estado não respeita plenamente os direitos fundamentais”, explicou.
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