22 de novembro de 2024 Doar
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Papa e trabalhadores do Vaticano enviam ajuda a refugiados da Ucrânia

Cardeal Konrad Krajewski | Esmolaria Apostólica

O papa Francisco enviou, por meio da Esmolaria Apostólica, suprimentos médicos para refugiados ucranianos que estão na fronteira com a Polônia.

Segundo L'Osservatore Romano, o jornal oficial da Santa Sé, o esmoleiro pontifício, cardeal Konrad Krajewski, levou pessoalmente suprimentos médicos da farmácia do Vaticano, como seringas, esparadrapos e desinfetantes, para a basílica de Santa Sofia, em Roma.

Foi a primeira remessa de ajuda solidária que chegará em poucos dias a Lviv, no oeste da Ucrânia, a cerca de 70 quilômetros da fronteira com a Polônia. Os medicamentos também serão enviados em breve.

"O Vaticano está disposto a ajudar os necessitados e não olha para a nacionalidade, mas para o homem necessitado", disse L'Osservatore.

O hospital pediátrico Bambino Gesù informou que disponibilizou 20 vagas para crianças com câncer da Ucrânia.

L'Osservatore Romano relatou também que na próxima segunda-feira (7) a Esmolaria Apostólica fará uma "coleta extraordinária de alimentos e remédios para a população ucraniana devastada pela guerra".

É uma "iniciativa solidária" à qual os trabalhadores do Vaticano podem se unir doando alimentos não perecíveis e remédios que serão enviados em caminhonetes do Estado da Cidade do Vaticano (SCV) através da basílica menor de Santa Sofía, em Roma.

Como esta basílica é o ponto de encontro da comunidade greco-católica ucraniana em Roma, dias atrás o reitor da igreja, padre Marco Semehen, começou a receber material essencial para enviar às pessoas que tiveram que fugir de seu país por causa do ataque da Rússia.

Muitos caminhoneiros ucranianos estão transportando doações de roupas infantis, alimentos, remédios e brinquedos, entre outros, para ajudar as vítimas desse conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

Em 28 de janeiro de 2018, o papa Francisco visitou a basílica menor de Santa Sofia em Roma e suplicou "ao Príncipe da Paz para que calem as armas".

Naquela ocasião, Francisco recordou os sofrimentos da Ucrânia, que estava imersa em uma grave crise política e de convivência depois de anos de guerra.

"Compreendo que, enquanto estais aqui, o coração palpita pelo vosso país, e bate não só de afeto, mas também de angústia, sobretudo pelo flagelo da guerra e pelas dificuldades econômicas", disse aos fiéis ucranianos presentes.

Francisco também dirigiu algumas palavras de reconhecimento "a tantas mulheres que, nessa comunidade, são apóstolas de caridade e de fé. São muito valiosas e levam às famílias italianas o anúncio de Deus da melhor maneira, cuidando das pessoas e com uma presença atenciosa e sem intrusão".

A elas, o papa convidou a "considerarem o seu trabalho cansativo e muitas vezes insatisfatório, como uma missão".

O papa explicou que sua visita era para dizer-lhes que "me sinto próximo de vós: próximo com o coração, perto com a oração, próximo quando celebro a Eucaristia".

"Suplico ao Príncipe da Paz para que as armas se calem. Peço-lhe também que já não tenhais necessidade de realizar enormes sacrifícios para manter os vossos entes queridos. Rezo a fim de que, no coração de cada um, nunca se apague a esperança, mas que se renove a coragem de ir em frente, de recomeçar sempre", disse o papa.

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