KIEV, Mar 9, 2022 / 16:15 pm
O cardeal Konrad Krajweski, esmoleiro do papa, chegou à Ucrânia na noite de ontem (8). Ele é um dos doi enviados pelo pelo papa Francisco do Vaticano para o centro do conflito.
Ao chegar à Ucrânia, o cardeal se encontrou com o arcebispo-mor da Igreja greco-católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk.
Segundo o secretário do arcebispo, os dois bispos junto com o arcebispo de Lviv, dom Mecislaw Mokszycki, tiveram uma converesa por telefone com o papa.
Durante a conversa, o cardeal Krajewski contou ao papa suas primeiras impressões da visita, e em particular o que viu no território polonês, por onde entrou na Ucrânia. O papa também se informou sobre o programa da visita de seu enviado a este país, discutido pelos participantes na reunião.
Ajuda espiritual e material
Falando à televisão polonesa, o cardeal contou que mandou para Francisco fotografias da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia e lamentou que "as pessoas estejam esperando em um clima gelado. Mulheres com seus filhos esperam em longas filas. As cenas são de arrepiar".
O cardeal disse que a ajuda da Santa Sé "não é somente espiritual": "o Santo Padre acaba de comprar gasolina para os caminhões doados pela Polônia que se dirigem às cidades de Kiev, Odessa e Zhytomyr".
Embora o itinerário completo ainda não esteja claro, eles anunciaram que na quinta-feira (10) o cardeal visitará os centros de assistência social da Igreja greco-católica ucraniana e participará de uma oração conjunta com representantes do Conselho Panucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas.
O papa Francisco instruiu o cardeal a permanecer na Ucrânia o tempo necessário para apoiar a população em nome da Santa Sé neste momento dramático de sua história.
"O Santo Padre me envia para manifestar seu amor para com as pessoas perseguidas, as pessoas que têm que se deslocar... quer abraçar a todos e estar perto deles e dizer-lhes que os ama. Quando digo que venho do Vaticano em nome do Santo Padre, muitas vezes já vejo lágrimas", disse o esmoleiro pontifício.
"Sentimos que o Santo Padre quer estar perto de nós"
Tanto o cardeal Krajewski quanto o arcebispo Shevchuk estão sendo hospedados pelo arcebispo Mieczysław Mokrzycki.
"Estamos muito gratos ao papa Francisco, não apenas pela oração, mas por enviar seu representante, pela chegada do cardeal Krajewski. Através dele sentimos que o Santo Padre quer estar perto de nós", disse o arcebispo de Lviv.
"Há muita desinformação espalhada, as pessoas estão preocupadas que a Polônia não receba mais refugiados. Não é verdade, temos que divulgar a informação certa: a Polônia sempre esteve pronta para receber 3-4 milhões de pessoas. É importante garantir ao povo da Ucrânia que eles não devem ter medo de ir para lá."
O cardeal Michael Czerny, também enviado pelo papa à Ucrânia, viajou primeiro a Budapeste, Hungria, onde visitou os centros da Cáritas que acolheram milhares de refugiados e está previsto que chegue à Ucrânia nos próximos dias.
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