19 de dezembro de 2024 Doar
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Com novo temporal, igrejas em Petrópolis voltam a abrir as portas para vítimas

Enchente no centro de Petrópolis. | Captura de vídeo

Pouco mais de um mês depois das fortes chuvas que deixaram mais de 200 mortos em Petrópolis (RJ) em fevereiro, a cidade voltou a ser atingida por um temporal no domingo, 21 de março, que gerou alagamentos e deslizamentos. A diocese de Petrópolis afirmou que, "mais uma vez, como ocorreu no dia 15 de fevereiro, está com suas instalações abertas para receber as vítimas das chuvas na cidade".

Segundo boletim divulgado na madrugada de hoje pela Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, 95 ocorrências foram registradas na cidade. Cinco pessoas morreram e quatro estão desaparecidas após a chuva de ontem. Duas mortes foram registradas no Morro da Oficina, no Alto da Serra, uma das áreas mais afetadas pelo temporal do mês passado. Outra morte foi registrada no bairro Valparaíso e outras duas na rua Washington Luiz, onde uma pessoa também foi resgatada com vida e outras três estão sendo procuradas.

A diocese de Petrópolis informou que a igreja de Santo Antônio, no Alto da Serra, "já acolheu mais de 90 pessoas" por causa das chuvas de domingo. A igreja foi um dos principais pontos de apoio para os atingidos pela tempestade do mês passado, chegando a acolher cerca de 250 pessoas na ocasião. "Além das pessoas acolhidas na noite de ontem e madrugada de hoje, estavam ainda abrigadas na igreja Santo Antônio, 19 pessoas, vítimas do dia 15 de fevereiro", disse a diocese.

O bispo de Petrópolis, dom Gregório Paixão, "está acompanhando todo o atendimento às vítimas e mantendo contato com as autoridades da cidade". Além disso, a diocese afirmou que todas as lideranças envolvidas com o projeto presença Samaritana "estão atuando neste momento para dar toda assistência às paróquias e às vítimas".

O projeto Presença Samaritana foi criado para assistir as vítimas das chuvas de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram na região serrana do Rio de Janeiro, sendo 73 mortes registradas em Petrópolis na época.  Após as chuvas de 15 de fevereiro, dom Gregório Paixão reativou o projeto para atender as vítimas, desabrigados e desalojados, ao longo dos próximos meses com as recebidas das mais diversas regiões do país.

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