16 de dezembro de 2024 Doar
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Escolas católicas na Polônia ajudam a integrar crianças ucranianas

Imagem ilustrativa | Blanca Ruiz (ACI)

Estima-se que, das 3,5 milhões de pessoas que fugiram da Ucrânia, 1,2 milhão são crianças. A grande maioria está na Polônia, onde, por lei, têm que ir para a escola em, no máximo, duas semanas depois de chegar. As escolas polonesas estão fazendo um esforço para acolher alunos que não sabem o idioma nem os costumes do país.

Ulyana e seu filho Vladislav, de 12 anos, deixaram a Ucrânia no primeiro dia da guerra, 24 de fevereiro. Eles foram para Przemysl, Polônia, porque tinham parentes que podiam acolhê-los.

Lá, passaram a primeira semana inteira em estado de choque sem acreditar no que estava acontecendo. Após sete dias sem conseguir reagir, Ulyana percebeu que o conflito não terminaria tão cedo e era preciso recomeçar a vida.

Ulyana procurou, então, a escola ucraniana de Przemysl, que foi fundada há cerca de seis anos e atende a comunidade ucraniana da cidade em ucraniano e polonês.

Segundo Ulyana, ela e o filho foram bem recebidos. "Todo mundo queria ajudar, facilitaram ao máximo os documentos necessários para a entrada da criança. No dia seguinte, Vladislav, de 12 anos, já podia começar a escola", disse.

A Escola Católica Padre Jan Twardowski em Przemysl, é um exemplo do trabalho de integração das crianças ucranianas refugiadas. A escola tem 600 alunos.

Segundo a diretora, Dorota Kotula, cada turma de 27 alunos pode acolher quatro crianças ucranianas. Elas reebem o material escolar como lápis, cadernos e livros.

Johanna Siwy, professora da escola, disse que os alunos ajudaram a preparar a chegada das crianças refugiadas arrecadando mochilas, livros e outros materiais necessários. Também fizeram desenhos com a bandeira da Ucrânia e da Polônia.

Para recebê-los no primeiro dia de aula, prepararam uma sopa tradicional polonesa que é muito parecida com uma receita ucraniana. O gesto visava mostrar a proximidade cultural entre os dois países.

Mães de alunos que falam ucraniano estão colaborando na integração das refugiadas. Johanna Siwy diz ter começado a aprender ucraniano para facilitar a educação dos novos alunos.

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