23 de novembro de 2024 Doar
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Um país que defende o aborto não tem futuro, dizem pró-vidas do Chile

Manifestação do Dia do Nascituro e da Adoção, Chile | Giselle Vargas (ACI)

Grupos pró-vida entregaram uma carta à Convenção Constitucional exigindo que o projeto da nova Constituição do Chile contemple a defesa da vida dos mais vulneráveis, incluindo os nascituros.

A carta, entregue ontem (28) é parte das atividades em torno do Dia do Nascituro e da adoção no Chile, que é comemorado no dia 25 de março.

Cerca de 300 pessoas foram convocadas pelo grupo Sempre pela Vida para uma manifestação nos arredores do edifício onde os 154 membros da Convenção Constitucional esboçam da próxima constituição para o país, que deverá ser ratificada em julho.

No dia 15 de março, a Convenção Constitucional aprovou a incorporação dos chamados direitos sexuais e reprodutivos, e com eles o aborto sem prazos e sem objeção de consciência.

"Rejeitamos o aborto na proposta constitucional, esperamos que uma Constituição do aborto não prospere, muito menos sem limites", disse a presidente de Sempre pela Vida, Bernardita Silva.

"A proposta da Convenção Constitucional é uma ameaça. Um país que defende o direito ao aborto é um país sem futuro", sublinhou Silva. "Queremos que prevaleça a visão a favor das pessoas, que respeitem a vida, que promovam um país onde as mulheres sejam acompanhadas e as crianças nasçam e tenham a melhor vida possível".

"Somos centenas de milhares de pessoas as que não vamos aprovar uma Constituição que defenda o direito ao aborto livre. Queremos que o Chile seja um país pró-vida, pró-mulher e pró-criança".

O médico Jorge Acosta lembrou ao vice-presidente da Convenção Constitucional e médico de profissão, Gaspar Domínguez, que o desenvolvimento do ser humano começa no útero.

"O Chile precisa de uma Constituição pró-vida", disse Acosta, lamentando que a Convenção Constitucional tenha "descartado" as mais de 30 mil assinaturas que apoiavam iniciativas em favor da maternidade vulnerável e da vida desde a concepção.

 

Ana María Álvarez, porta-voz de 40 Dias pela Vida Chile, disse que "o Chile está cometendo assassinatos. E ninguém fala sobre o fato de que há duas vidas que estão sendo mortas, a do nascituro e a alma da mãe".

Há pessoas que cuidam da vida não só desde o início da fecundação, mas também até os filhos crescerem. O Estado do Chile deveria tentar cuidar da vida de cada chileno que chega a este território". "Se não cuidarmos das gerações futuras, se não as deixarmos nascer, este país morre", disse Alvarez.

"É inconcebível que quando as pessoas falam sobre direitos humanos, sobre o fim da tortura, sobre o fim da morte, falem sobre o direito ao aborto." "É um genocídio por lei aprovado pelos constituintes", acrescentou.

Trinidad Allende disse que "um país sem a defesa da vida é um país que morre e traz tudo de ruim". "Isso nos define como um país no longo prazo, a vida é um tema que transcende muitos outros".

María Teresa Prieto, voluntária do Centro de Ajuda à Mulher (CAM) da cidade de Rancagua, fundação que apoia a gravidez vulnerável e com presença em todo o Chile, expressou que "a vida é um presente em qualquer circunstância" e "se a sociedade sabe como defendê-la como parte de seus princípios, ela se engrandece".

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