SAN JOSÉ, Apr 4, 2022 / 15:22 pm
O Tribunal Penal de Desamparados da Costa Rica condenou o ex-padre Mauricio Víquez Lizano a 20 anos de prisão por abuso sexual e estupro de um menino de 11 anos em 2003.
"Por decisão unânime, decidiu-se declarar Víquez o autor do crime de estupro agravado e abuso sexual em detrimento da vítima de sobrenome Alvarado", disse Ana Patricia Mora, juíza e presidente do Tribunal, nesta quarta-feira, 30 de março.
"Em todas as instâncias, a vítima relatou os fatos de forma semelhante, tanto no exame psicológico forense quanto nas denúncias nas instâncias judiciais", disse o Tribunal.
Os abusos contra a vítima, que na época era menor de idade, ocorreram em 2003 na Paróquia San Juan Bautista de Patarrá de Desamparados, época em que Víquez era pároco.
De acordo com o meio local Delfino, o ex-padre "também foi acusado de 29 crimes de abusos desonestos; 22 de abuso sexual em detrimento de menor; uma de tentativa de estupro; três de estupro; cinco de difusão de pornografia e um de corrupção agravada".
No entanto, "a única causa que prosperou, porque o Tribunal considerou que o resto estava prescrito, foi a de um homem de sobrenome Alvarado Quirós, que foi vítima de Víquez quando era menor, e cuja condenação se concretizou hoje", acrescentou o meio.
Em 18 de agosto de 2019, Víquez foi capturado no México após seis meses fugindo da Costa Rica. A Interpol havia expedido um mandado de prisão internacional contra ele e, após ser capturado, foi extraditado pela Procuradoria Geral da República (FGR).
"Diante da captura do senhor Mauricio Víquez, a Cúria Metropolitana afirmou repetidamente que o senhor Víquez deve responder perante a instância correspondente pelos fatos que lhe são imputados", disse na ocasião a arquidiocese de San José.
Mauricio Víquez Lizano, que por um tempo foi porta-voz da Igreja na Costa Rica, foi expulso do estado clerical por meio de um decreto assinado em 25 de fevereiro de 2019 por dom José Rafael Quirós, arcebispo de San José, emitido após o processo feito ao então sacerdote.
A investigação foi feita depois da denúncia apresentada "por duas das vítimas de abuso sexual", às quais se juntaram depois "outras vítimas" que foram ouvidas e prestaram depoimento.
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