17 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco recorda quatro ensinamentos de são Paulo VI

Papa Francisco no Vaticano | Daniel Ibáñez (ACI)

O papa Francisco destacou quatro ensinamentos de são Paulo VI aplicáveis a qualquer realidade missionária eclesial. Em um discurso de hoje (8) à Fundação Marcello Candia, Francisco lembrou alguns dos conselhos que o papa Paulo VI deu ao fundador da insituição de caridade que ajuda pessoas doentes e pobres do Norte do Brasil.

1. "Se fizer um hospital no Brasil, faça-o brasileiro... Ou seja, bem inserido na realidade local, envolvendo a população local... A inculturação, assumir a cultura do lugar onde vamos trabalhar".

2. "Tenha cuidado para evitar qualquer tipo de paternalismo, não imponha as suas ideias aos outros, mesmo com boas intenções'". O papa Francisco advertiu que o venerável Marcello Candia "era um empresário, acostumado a decidir por si mesmo, por isso tinha que aprender a dirigir as coisas de outra maneira."

3. "Faça o hospital não só para os brasileiros, mas com os brasileiros. Isso é importante, é uma regra geral da caridade: trabalhar com as pessoas que você está servindo".

4. "Como objetivo final, se proponha a não ser mais necessário" e o papa acrescentou que "quando perceber que o hospital vai pra frente sozinho, então o senhor terá feito um 'verdadeiro trabalho de solidariedade humana'. Essa também é uma regra muito sábia: não vincular a si mesmo as pessoas e as obras, não se tornar indispensável, mas, pelo contrário, formar os colaboradores e garantir estabilidade e continuidade, com os colaboradores."

O papa Francisco agradeceu a fundação por suas obras de caridade e destacou a importância de "apoiar as comunidades locais e os missionários em suas iniciativas com os doentes, leprosos e pessoas em várias situações de necessidade". Em particular, o papa destacou que os custos operacionais desta fundação são mínimos porque quase tudo vai para as obras no Brasil.

"Isto é muito importante, porque existem organizações e associações que trabalham para fazer o bem, mas têm uma estrutura de pessoas, de coisas que - não estou exagerando - metade ou 60% vão para pagar salários. Não, isso não é bom. O mínimo, para que a maior parte do dinheiro vá para o povo. Isto é importante, continuem assim", concluiu o papa.

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