18 de dezembro de 2024 Doar
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Paróquia do interior do RJ recebe indenização de R$ 100 mil por objetos roubados

Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Paty do Alferes (RJ). | Facebook Paróquia Imaculada Conceição - Paty do Alferes

A paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Paty do Alferes (RJ), foi ressarcida em cerca de R$ 100 mil pelo roubo de oito objetos do acervo da igreja, em 2006. As peças são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No final de 2005, o padre da paróquia de Paty do Alferes, frei Vitalino Turcato, foi abordado por dois homens. Eles se apresentaram como compradores interessados na aquisição de peças antigas. O padre negou e, mesmo assim, os homens insistiram em visitar a igreja. Na ocasião, frei Turcato anotou a placa do carro dos visitantes.

Em janeiro de 2006, os dois homens voltaram à paróquia Nossa Senhora da Conceição e roubaram oito peças sacras: uma coroa da imagem de Nossa Senhora da Conceição situada no altar mór da igreja, avaliada em R$ 10 mil; uma coroa da imagem de Nossa Senhora do Rosário situada no altar da nave da igreja, avaliada em R$ 10 mil; uma coroa da imagem da Nossa Senhora Aparecida situada na sacristia; um resplendor da imagem de Nossa Senhora da Piedade situada na capela lateral da Piedade , avaliada em R$ 4 mil; um turíbulo de prata, avaliado em R$ 2 mil; dois castiçais e um resplendor da imagem de santo Inácio de Loyola, avaliado em R$ 15 mil.

Frei Vitalino Turcato morreu em 2016, mas graças à sua iniciativa de anotar a placa do carro, os culpados foram identificados e presos.

Em 2013, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma denúncia contra o antiquário Paulo Célio de Azevedo Medeiros e seu comparsa Edvaldo da Silva Santos, após eles terem sido presos por outro crime, o roubo de uma imagem de Nossa Senhora Criança, em Miguel Pereira (RJ).

Pelo crime de Paty do Alferes, Paulo Célio foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão. A localização dele só foi possível após um trabalho de inteligência do MPF em localizar um apartamento financiado em nome do condenado. Com isso, em agosto de 2020, Paulo Célio foi preso e o bem penhorado para a devida reparação dos danos causados. Segundo o MPF, como parte da pena, foi pago agora o valor de R$ 104.369,60, transferido para a paróquia.

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