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Sudário é do tempo da morte e ressurreição de Jesus, mostra nova técnica

Papa Francisco venera o Santo Sudário em Turim, Itália, em 21 de junho de 2015 | Vatican Media

Um novo método científico, que utilizou a datação por raios X de uma amostra do Sudário de Turim, determinou que a relíquia tem cerca de 2 mil anos, tempo que corresponde à morte e ressurreição de Jesus, conforme indica a tradição da Igreja.

O estudo "Datação por raios-X de uma amostra de linho do Sudário de Turim" foi publicado em 11 de abril.

Liderado pelo cientista italiano Liberato De Caro, o estudo foi acompanhado por uma equipe de pesquisadores e em colaboração com o professor G. Fanti da Universidade de Pádua.

De Caro, do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa (Bari, Itália), usou um método de "dispersão de raios X de grande angular" para examinar o envelhecimento natural da celulose em uma amostra de tecido de linho do Santo Sudário.

A pesquisa, revisada por outros cientistas, mostra que o Sudário é compatível com a hipótese de que tem muito mais de sete séculos que foi a datação obtida em 1988 por carbono 14.

Em entrevista ao jornal National Catholic Register, do grupo EWTN a que pertence ACI Digital, De Caro disse em 13 de abril que o Sudário é "a relíquia mais importante do cristianismo" e é por isso que ele o pesquisa há 30 anos "usando técnicas de pesquisa na escala dos átomos, principalmente através de raios X".

"Há três anos desenvolvemos um novo método para medir o envelhecimento natural da celulose de linho usando raios X e depois convertê-lo no tempo decorrido desde a fabricação", explicou sobre a técnica usada para seu estudo, que começou em 2019.

Sobre futuras pesquisas que ajudem a autenticar ainda mais a verdadeira data da relíquia, De Caro explicou que "tudo vai depender da possibilidade de ter novas amostras para analisar".

"De fato, em 2002 alguns fios já foram extraídos do Santo Sudário e guardados pela arquidiocese de Turim para futuros estudos científicos", disse.

Para o cientista, o Sudário de Turim "desafia a ciência" e afirma que "cada nova investigação pode esclarecer parte do complexo quebra-cabeça que representa".

"Por exemplo, a imagem do Santo Sudário ainda não encontrou uma explicação definitiva por quem a estudou, uma explicação compartilhada por toda a comunidade científica", sublinhou.

Além do Santo Sudário, De Caro lembrou que existem também "outras importantes relíquias de linho tradicionalmente associadas a Jesus, por exemplo, o Sudário de Oviedo ou o Véu de Manoppello".

"Eu também os estudei no passado. Esta nova técnica de datação está em seus inícios, mas poderia, por exemplo, ser estendida também a tecidos feitos de outras fibras vegetais".

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista internacional Heritage após um mês de preparação e revisão por outros cientistas.

A pesquisa também foi destaque no site do Consiglio Nazionale delle Ricerche (Conselho Nacional de Pesquisa da Itália)

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