14 de dezembro de 2024 Doar
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Autoridade da Santa Sé denuncia em Fátima “violência atroz e bárbara da guerra”

Dom Edgar Peña Parra na peregrinação de maio no santuário de Fátima, Portugal. | Facebook Santuário de Fátima

O substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, dom Edgar Peña Parra, denunciou na noite de ontem (12), em Fátima, Portugal, a "violência atroz e bárbara da guerra, onde não há nem vencedores, nem vencidos". Dom Parra fez esta declaração durante a celebração da peregrinação internacional aniversária de maio, na Cova da Iria, quando rezou pela "paz na Ucrânia e no mundo inteiro".

"Em cima da mesa do nosso mundo, no banquete da humanidade, falta o vinho da fraternidade e da paz, enquanto os egoísmos e os rancores explodem com frequência, como, neste nosso tempo, na violência atroz e bárbara da guerra, onde não há nem vencedores, nem vencidos, mas apenas lágrimas como as da Mãe de Deus", disse dom Peña Parra durante a homilia da celebração da Palavra, após a recitação do rosário e a procissão das velas no santuário de Fátima.

O substituto da Secretaria de Estado afirmou que a guerra "não destrói apenas a Ucrânia", mas "todos os povos envolvidos", inclusive "aqueles que a observam, com notícias superficiais, para ver quem é o vencedor, quem é o vencido".

A peregrinação internacional aniversária de maio recorda a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos. Esta peregrinação é a primeira, desde o início da pandemia de covid-19, sem restrições e obrigatoriedade do uso de máscaras. Segundo o santuário de Fátima, participaram milhares de fiéis, com 114 grupos oriundos de 23 países.

"Chegámos aqui, de diversos lugares e, cada um de nós, traz, no próprio coração, o pedido de uma graça que deseja apresentar à Mãe do Senhor, rogando-Lhe que desfaça alguns nós na sua vida... aproveitemos esta noite, consagrada à oração de tantos irmãos e irmãs, que como nós, nesta terra bendita, têm a certeza de que a Virgem nos escutará", disse dom Parra aos peregrinos.

Para o substituto da Secretaria de Estado, esta "é uma peregrinação que simboliza as noite da nossa vida e do mundo, daquelas escuridões que, alguma vez, nos surpreende e com as quais, frequentemente, somos chamados a lutar, na esperança de que uma estrela do alto nos indique o caminho". Destacou ainda que se trata de uma peregrinação que é "sinal da profunda e renovada confiança em Maria".

"Olhamos para Maria Santíssima, Rainha da paz e da vida. A Ela nos confiamos, para que se faça porta-voz do grito dos nossos corações junto do Seu Filho. Escutemos a sua voz terna de Mãe que nos convida, também hoje, a fazer aquilo que Jesus nos pedir", declarou.

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