15 de dezembro de 2024 Doar
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Prefeita de Chicago chama "às armas" para manter o aborto nos EUA

Lori Lightfoot | MacLean Center - Wikimedia Commons (CC BY 3.0)

A prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, ameaçou com um "chamado às armas" em resposta ao vazamento do rascunho de opinião da maioria da Suprema Corte que diz que os juízes votarão para anular Roe x Wade, caso que liberou o aborto nos EUA.

"Aos meus amigos da comunidade LGBTQ+: a Suprema Corte virá atrás de nós. Este momento tem que ser um chamado às armas", tuitou Lightfoot, uma democrata que vive com outra mulher, em 9 de maio.

"Não vamos abrir mão de nossos direitos sem lutar, lutar pela vitória", acrescentou.

Vários líderes católicos e pró-vida nos Estados Unidos condenaram a ameaça.

Ashley McGuire, membro de The Catholic Association, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, que "é muito preocupante ver políticos usando linguagem incendiária em um momento em que alguns juízes da Suprema Corte precisam de segurança adicional e igrejas e centros de gravidez estão sendo atacado pelo movimento do aborto".

Desde a semana passada, uma série de atos violentos ocorreram nos Estados Unidos devido ao vazamento do rascunho da Corte, incluindo vandalismo de igrejas, ataques a centros pró-vida, interrupções de missas e intimidação contra magistrados.

McGuire disse que "os esforços para intimidar os juristas e assustar os defensores da vida não prevalecerão, mas são imprudentes e devem ser condenados".

A organização Marcha pela Vida de Chicago, que une milhares de habitantes do centro-oeste todos os anos, também condenou o tuite de lightfoot. "A Marcha pela Vida de Chicago condena o 'chamado às armas' da prefeita Lightfoot, especialmente depois que um coquetel molotov foi jogado no escritório de uma organização pró-vida a apenas 241 quilômetros de Chicago", disse o grupo à CNA.

Amy Gehrke, diretora executiva do Illinois Right to Life, também falou sobre prefeita. "Em um momento em que a violência na cidade de Chicago está fora de controle, é inacreditável que a prefeita Lightfoot esteja destinando mais dinheiro do contribuinte à violência do aborto", disse ela à CNA. "Também é inconcebível que, com o aumento acentuado da violência contra os defensores da vida, a prefeita Lightfoot use uma linguagem irresponsável e incendiária".

Na segunda-feira (9) Lightfoot e o Departamento de Saúde Pública de Chicago anunciaram que estão comprometendo US$ 500 mil para apoiar "o acesso a cuidados de saúde reprodutiva para habitantes de Chicago e pacientes que procuram cuidados legais e seguros de Estados vizinhos que proibirão o aborto se a Suprema Corte decidir derrubar Roe x Wade."

A ajuda, disse a prefeita, inclui "acesso a transporte, acomodação, cuidados e, se necessário, acesso seguro e legal a um procedimento de aborto".

A esse respeito, Gehrke respondeu que "ao receber mulheres em Chicago para abortos, a prefeita Lightfoot está colocando em risco as mulheres de nossos Estados vizinhos".

A assessoria de imprensa da prefeita não respondeu a um pedido de comentário antes da publicação da matéria da CNA. O objetivo era uma melhor explicação do "chamado às armas".

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