Vaticano, May 17, 2022 / 09:05 am
Numa mensagem dirigida às Pontifícias Obras Missionárias, o papa Francisco recordou os 400 anos da Congregação De Propaganda Fide, à qual "as Obras Missionárias estão intimamente ligadas e com as quais colaboram no apoio às Igrejas nos territórios confiados ao Dicastério".
Por ocasião da abertura dos trabalhos da Assembleia Geral desta instituição, que acontece em Lyon, França, o papa Francisco disse que "o impulso evangelizador nunca falhou na Igreja e seu dinamismo fundamental sempre permanece".
"É por isso que eu quis que o Dicastério para a Evangelização assumisse um papel especial na renovada Cúria Romana para promover a conversão missionária da Igreja (Praedicate Evangelium, 2-3), que não é proselitismo, mas testemunho: sair de si para anunciar com a vida o amor gratuito e salvífico de Deus por nós, chamados a ser irmãos e irmãs", disse.
Francisco disse que este encontro está acontecendo em Lyon porque "há 200 anos, uma jovem de 23 anos, Pauline Marie Jaricot, teve a coragem de fundar uma Obra para apoiar a atividade missionária da Igreja; alguns anos depois, ela começou o 'Rosário Vivo', um organismo dedicado à oração e à partilha de ofertas".
Seguindo o seu exemplo, o papa Francisco exortou os membros das Pontifícias Obras Missionárias a "ajudar os bispos a abrir cada Igreja particular aos horizontes da Igreja universal".
Conversão missionária, oração e caridade
Em seguida, o papa Francisco destacou três aspectos que "graças ao Espírito Santo" contribuíram para a difusão do Evangelho.
Em primeiro lugar, o papa falou de "conversão missionária: a bondade da missão depende do caminho de saída de si mesmo, do desejo de não centralizar a vida em si, mas em Jesus que veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10,45)".
"Aqui se encontra a fonte da missão, no ardor de uma fé que não se contenta e que, através da conversão, se torna a cada dia imitação, para canalizar a misericórdia de Deus nas estradas do mundo", disse Francisco.
Ele também disse que tudo isso é possível graças à oração, que ele definiu como "a primeira forma de missão".
"É o Espírito do Senhor que precede e permite todas as nossas boas obras: a primazia é sempre da sua graça. Caso contrário, a missão se tornaria uma corrida em vão", disse.
"Por fim, a concretude da caridade: Junto com a rede de oração Pauline deu vida a uma coleta de ofertas em grande escala e de forma criativa, acompanhando-a com informações sobre a vida e as atividades dos missionários. As doações de muitas pessoas simples foram providenciais para a história das missões", disse o papa Francisco.
"Espero que vocês sigam as pegadas deixadas por esta grande missionária, e que se deixem inspirar por sua fé concreta, por sua coragem audaz e sua criatividade generosa", concluiu o papa Francisco.
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