6 de dezembro de 2024 Doar
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O amor a Deus e à pátria une católicos e ortodoxos na Ucrânia, diz padre

Imagem ilustrativa | Pixabay

Um padre católico na Ucrânia diz que o ecumenismo está se fortalecendo com a guerra contra a Rússia. Entrevistado pela ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o padre Antonio Vatseba, Provincial do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) da Ucrânia, disse que católicos e ortodoxos ucranianos "estão unidos pelo amor a Deus e à pátria neste momento difícil de guerra".

O padre lamentou que isso "não aconteça com a Igreja Ortodoxa pertencente ao patriarcado de Moscou".

As tensões entre a Ucrânia e a Rússia aumentaram desde março de 2021. Em 24 de fevereiro deste ano, Vladimir Putin, o presidente russo, ordenou o início da invasão da Ucrânia.

Segundo o Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas, em 17 de maio deste ano havia 3.752 mortos, incluindo 250 menores, e 4.062 feridos, incluindo 365 menores.

ACNUR, a agência para refugiados das Nações Unidas, estima que mais de 6 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde 24 de fevereiro, e pelo menos 2,9 milhões precisam de assistência dentro do país.

O confronto militar começou em 2014 quando a Rússia anexou a península da Crimeia que fazia parte da Ucrânia.

O padre Antonio Vatseba disse que "após a anexação da Crimeia pela Rússia, quem mais sofreu foram os habitantes da Crimeia", pois "foram obrigados a deixar a península devido a perseguições políticas, religiosas ou étnicas".

Além disso, destacou que "o povo tártaro da Crimeia, que é o povo originário da península, está sendo oprimido em seus direitos".

Algo semelhante, disse ele, aconteceu com a Igreja Greco-Católica Ucraniana e a Igreja Ortodoxa Ucraniana, que "não tiveram a oportunidade de trabalhar livremente no território da península", estando à beira "de suspender suas atividades religiosas lá".

Para o padre, apesar dos conflitos, os cristãos da região "são um bom exemplo de fidelidade a Cristo, especialmente nestas circunstâncias difíceis".

Vatseba destacou que até agora durante a guerra, refugiados foram recebidos em paróquias da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa. "Alguns ficam apenas uma noite e depois continuam a viagem para o exterior, ou para a parte ocidental do país, outros ficam por tempo indeterminado."

Além disso, destacou que as paróquias "são pontos de recebimento de ajuda humanitária".

O padre católico destacou que o início da guerra, em 24 de fevereiro, coincidiu com o início da Quaresma, em 2 de março.

"É evidente que estar especialmente unidos a Deus neste tempo pela oração intensa, penitência e obras de caridade nos ajudará a lidar com esta situação que estamos vivendo", disse ele.

Vatseba também destacou que "muitas pessoas agora se aproximam do sacramento da Penitência e da Eucaristia, porque é o perdão e o amor de Cristo que nos dão a paz interior que agora está faltando devido à ameaça externa da guerra".

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