15 de novembro de 2024 Doar
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Relíquias de freiras do Sudão do Sul mortas em 2021 vão para basílica em Roma

Cerimônia de introdução das relíquias das freiras do Sudão do Sul em Roma | Comunidade Sant'Egidio

As relíquias de duas freiras do Sudão do Sul que estavam entre as cinco pessoas mortas em uma emboscada em agosto de 2021 foram colocadas no santuário dos novos mártires africanos na basílica de São Bartolomeu, em Roma. A basílica é dedicada aos mártires cristãos contemporâneos.

As relíquias da irmã Mary Daniel Abut e da irmã Regina Roba Luate foram solenemente apresentadas no altar dos novos mártires africanos na na segunda-feira, 23 de maio. Em sua homilia durante a celebração, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia, descreveu as duas irmãs do Sagrado Coração (SHS) como "discípulas de Jesus que deram a vida pelo Senhor e por suas irmãs e irmãos".

Irmãs Mary Daniel Abut (esq.) e irmã. Regina Roba / Foto de cortesia

 

"Estamos juntos nesta basílica de São Bartolomeu que são João Paulo II quis que fosse dedicada aos novos mártires", disse Paglia. "E damos as boas-vindas aos mantos e sandálias da irmã Regina e da irmã Mary, mortas no Sudão do Sul em 16 de agosto de 2021."

O Arcebispo Paglia acrescentou: "Recordamos a hora do testemunho delas, como ouvimos do Evangelho de João. Duas discípulas de Jesus deram suas vidas pelo Senhor e por suas irmãs e irmãos. Irmã Regina e Irmã Maria se juntam ao número de testemunhas e suas relíquias enriquecem esta basílica".

"Para nós e para aqueles que a visitarão daqui em diante, são um testemunho que edifica – não só figurativamente, mas em sentido real – para que cresçamos no amor pelo Evangelho com aquela generosidade que distingue aqueles que testemunharam ao ponto de sangue à fidelidade ao Evangelho", disse o arcebispo italiano durante a celebração de 23 de maio.

"Poderíamos dizer que o testemunho da Irmã Regina e da Irmã Mary nos exorta a continuar caminhando – na verdade correndo – no caminho da comunicação do Evangelho", acrescentou sobre as duas freiras do SHS, o instituto religioso fundado pelo missionário comboniano, dom Sixtus Mazzoldi, em Março de 1954.

A Basílica dedicada aos novos mártires "nos lembra que o Evangelho deve ser vivido com aquela dimensão de 'heroicidade' própria de Jesus", disse Paglia.

"Neste tempo – tão radicalmente marcado pelo individualismo – é necessário o testemunho de um Evangelho sem acréscimos, radical", disse o arcebispo.

 

O arcebispo de 77 anos, que atua como presidente da Pontifícia Academia para a Vida desde agosto de 2016, exortou os cristãos a "serem testemunhas deste Espírito: um amor gratuito que impele a dar a vida gratuitamente pela salvação de todos". "É por isso que o 'mundo' – ou melhor, o príncipe deste mundo – não quer a paz. E não pode deixar de odiar os discípulos de Jesus que são suas testemunhas", acrescentou o arcebispo Paglia.

No ano passado, o arcebispo Stephen Ameyu, da arquidiocese de Juba, no Sudão do Sul, elogiou as duas freiras do Sudão do Sul: "nossas mártires que permanecerão em nossas memórias".

 

"Irmã Mary Daniel Abut e irmã Regina Roba Luate são nossas mártires porque foram mortas a sangue frio. Essas são nossas mártires que permanecerão em nossas memórias para que possamos elevar a fé que Deus nos deu", disse o arcebispo Ameyu em sua homilia durante a missa fúnebre das duas freiras em 20 de agosto de 2021.

 

Também se dirigindo aos fiéis durante a missa fúnebre, o bispo emérito de Yei, Sudão do Sul, Erkolano Lodu Tombe, disse que a hierarquia da Igreja não aceita intimidação e advertiu aqueles que operam em "arbustos" contra os membros da Igreja.

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