21 de dezembro de 2024 Doar
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Relatório mostra que mais de 360 milhões de cristãos são perseguidos no mundo

Imagem ilustrativa | Pixabay

A Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022 publicada pela organização cristã internacional Portas Abertas revelou que mais de 360 ​​milhões de cristãos sofreram perseguição em todo o mundo "um aumento de 20 milhões em relação ao ano passado". "O número representa um em cada sete cristãos no mundo", diz o relatório. O estudo abrange o período de 1 de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021.

Segundo o LMP, "foram registrados os níveis mais altos de perseguição" contra os cristãos dos últimos 29 anos. No período estudado 5.898 cristãos foram mortos, 6.175 cristãos foram presos por causa da fé, e 5.110 igrejas foram atacadas.

O LMP faz um ranking dos 50 países onde os cristãos são mais perseguidos segundo o nível de perseguição ("alta", "severa" ou "extrema") que os cristãos enfrentam e descreve essas realidades em detalhes por meio de dados estatísticos e testemunhos de habitantes locais.

A maioria dos casos ocorreu na Ásia e na África, embora "na América Latina um em cada 15" cristãos sofram perseguição. Na Ásia dois em cada cinco cristãos são perseguidos e na África, um em cada cinco cristãos". O Afeganistão "substitui a Coreia do Norte no topo da lista após 20 anos", diz o relatório.

No Afeganistão, "o governo Talibã recém-imposto" persegue institucionalmente os cristãos. "Os combatentes talibãs rastreiam ativamente os cristãos" de várias maneiras, inclusive "indo de porta em porta", indica o relatório.

"Os homens cristãos enfrentam a morte quase certa se sua fé for descoberta". Mulheres e meninas, embora sobrevivam, correm o risco de serem estupradas, traficadas ou "forçadas a se casar" com talibãs como "espólios de guerra", diz o relatório.

O diretor de Portas Abertas na Espanha, Ted Blake, disse no relatório que esse aumento de casos envia uma mensagem aos extremistas islâmicos de que eles podem continuar sua "luta brutal pelo poder sem nenhum controle".

"Facções como o Estado Islâmico e a Aliança das Forças Democráticas agora veem seu objetivo de um califado islâmico – frustrados na Síria e no Iraque – novamente como algo que se pode alcançar", indicou.

O relatório conclui que "a tomada do controle talibã" no Afeganistão "deu um enorme impulso psicológico global aos jihadistas, especialmente na Ásia" de um "futuro triunfo global".

Uma situação semelhante ocorre na África, onde também operam grupos radicais muçulmanos e os governos são fracos demais para lidar com esse flagelo. "A África Subsaariana continua sendo o foco da maior violência contra os cristãos", diz o relatório.

Além disso, afirma que "o caráter cada vez mais 'deslocado' ou 'refugiado' da Igreja global aumenta sua vulnerabilidade".

"Centenas de milhares são vítimas da violência islâmica", outros "fogem do recrutamento forçado", como na Eritreia, ou "conflitos civis", como no Sudão. Eles também são afetados pela "repressão estatal" e "opressão familiar por causa de sua fé", diz.

O relatório também alerta que "o modelo chinês de controle centralizado da religião prevalece no mundo". Nesse sentido, destaca que "sob a ideologia comunista, na América Latina o pretexto da pandemia tem sido usado para monitorar e impor mais restrições às igrejas".

"Em Cuba, após os protestos em massa de julho, os líderes protestantes e católicos que exigiam justiça social foram presos, torturados e severamente punidos. Também na Nicarágua e na Venezuela os partidos no poder promoveram campanhas de difamação contra os bispos católicos, cancelaram licenças de registro de igrejas e fecharam algumas", diz Portas Abertas.

"Governos autoritários, assim como gangues criminosas, se aproveitam da covid para enfraquecer a Igreja" no mundo. "No Vietnã, por exemplo, agentes estatais e não estatais usaram os surtos de covid-19 para difamar igrejas, chegando a promover ações legais contra uma delas", ressalta.

Por fim, diz que a visita do papa Francisco ao Iraque, "um país massacrado pelo Estado Islâmico, foi vista como um sucesso" e "serviu para encorajar mais cristãos a retornar para a reconstrução".

Para mais informações, você pode ler o relatório completo neste link: https://portasabertas.org.br/lista-mundial/destaques

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