21 de dezembro de 2024 Doar
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Médico católico destaca a importância da oração no combate ao aborto

Imagem ilustrativa | freestocks (Unsplash)

A oração é importante na luta contra o aborto, porque "aí intervêm forças obscuras", disse o médico espanhol José María Simón Castellví.

No artigo "A reversão de Roe versus Wade", Castellví, presidente emérito da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), disse que, depois de participar de vários eventos médicos católicos importantes, "me convenci de que o aborto induzido deve ser combatido com boa obstetrícia, boa assistência social e boas orações".

"A boa obstetrícia também implica boa enfermagem, boa medicina familiar, bons cuidados materno-infantis, bons pediatras", disse ele.

"Uma boa assistência social requer algum – não muito – investimento, centros de ajuda à fertilidade, creches, orfanatos e adoções", acrescentou.

Além disso, continuou Simón Castellví, "a oração, pública ou privada, individual ou coletiva, é necessária, pois o ser humano é biopsicossocial, familiar e espiritual".

"A destruição de um pequeno ser de nossa espécie não é só um ato humano, mas também envolve forças obscuras que devem ser enfrentadas", disse ele.

"Prova disso é a obstinação e as mentiras com que tantas pessoas e meios de comunicação defendem o aborto", disse.

Simón Castellví destacou a importância da recente decisão da Suprema Corte dos EUA de revogar o caso Roe x Wade, que legalizou o aborto no país em 1973.

"A partir de agora, o aborto não é considerado um direito pela suprema lei civil e sua regulamentação é devolvida aos Estados da União e ao povo americano", disse o médico.

"A verdade é que os juízes da Suprema Corte não precisaram fazer nenhuma 'trapaça' ou fazer prevalecer sua ideologia em uma decisão muito bem argumentada", disse.

Simón Castellví disse que, conforme determinado pela Suprema Corte, "a Constituição americana não faz menção expressa ao aborto induzido. E também não o faz de forma implícita".

"Nunca passou pela cabeça dos 'pais fundadores', que se esforçaram ao máximo para garantir que a nova nação tivesse instituições estáveis ​​e com garantias e contrapesos, que arrancar violentamente um ser humano do útero pudesse ser aprovado ou protegido".

"E eu duvido que eles desconhecessem o submundo das doenças e gravidezes em que a prostituição estava imersa naquela época como na nossa", disse.

Simón Castellví destacou que "ao contrário de outros países ou culturas, as leis costumam ser cumpridas nos Estados Unidos".

"É bem possível que os envolvidos no processo sejam penalizados e que as mães, que também são vítimas, sejam exoneradas ou dispensadas".

"Estima-se que o número de abortos induzidos diminuirá em 13% (os americanos gostam de quantificar tudo e fazer muitas estatísticas, o que ajuda a pesquisa e a ciência)", disse.

O médico católico disse que "nem tudo está ganho pela causa da vida. Mas é um bom começo."

"Espero que um dia a vida seja protegida, independentemente do que qualquer lei diga. A vida é um dom. E temos o direito a que nenhum ser humano tire isso de nós. Não somos seres descartáveis", disse.

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