BERLIM, Jul 15, 2022 / 11:48 am
A copresidente do Caminho Sinodal Alemão Irme Stetter-Karp, de 65 anos defendeu que o aborto esteja disponível em toda a Alemanha. Embora dizendo que o aborto não deve ser considerado um "serviço médico regular", a presidente do Comitê Central dos Católicos Alemães, disse que "deve-se garantir uma provisão da intervenção médica do aborto a nível nacional. Isso não acontece atualmente porque o atendimento ginecológico está ausente particularmente nas áreas rurais" em artigo publicado pelo jornal Die Zeit.
O Comitê Central dos Católicos Alemães organiza o Caminho Sinodal Alemão junto com a Conferência Episcopal Alemã. Como presidente do comitê leigo, Stetter-Karp também é copresidente do processo sinodal alemão.
Os comentários de Stetter-Karp foram duramente criticados por Alexandra Linder, presidente da Associação Federal para a Vida na Alemanha. A associação é a organizadora da Marcha pela Vida que acontece todos os anos em Berlim.
Falando à CNA Deutsch, agência em alemão do grupo ACI, Linder acusou Stetter-Karp de cair em "falsas alegações do lobby do aborto" e pediu um melhor acompanhamento e apoio para mães grávidas, em vez de abortos.
"Os números na Alemanha não estão diminuindo, o que se vê claramente na taxa de aborto cada vez mais alta. Além disso, devido à falta de relatórios obrigatórios, uma proporção maior de abortos não é registrada estatisticamente".
Em março, o governo federal da Alemanha decidiu permitir propaganda de abortos. A medida foi elogiada pela Federação da Juventude Católica Alemã, que reúne as associações católicas de jovens. A federação de jovens também criticou que os abortos não sejam totalmente acessíveis em toda a Alemanha.
"Em algumas áreas da Alemanha, os abortos não são mais acessíveis. Isso coloca as mulheres grávidas sob uma pressão adicional, em relação ao tempo, o que dificulta a decisão a favor ou contra um aborto", acrescentou.
Atualmente, a Alemanha permite o aborto até a 12ª semana de gravidez, com aconselhamento obrigatório em um centro aprovado pelo Estado, bem como abortos posteriores sob certas circunstâncias.
O país de 83 milhões de pessoas registrou aproximadamente 100 mil abortos no ano pandêmico de 2020.
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