19 de dezembro de 2024 Doar
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Freiras salvam mais de 26 mil mulheres do tráfico de pessoas na Ásia

Imagem ilustrativa | Remi Walle (Unsplash)

Em apenas um ano, a rede internacional de freiras católicas Talitha Kum resgatou do tráfico de pessoas mais de 26 mil mulheres submetidas a trabalhos forçados, casamentos forçados e exploração sexual na Ásia, segundo a agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias.

Com sede em Roma, Talitha Kum foi fundada pela União Internacional de Superiores Gerais (UISG) e atualmente "trabalha com 65 organizações católicas, 56 ONGs, 18 organizações nacionais e 42 agências governamentais internacionais", disse a Fides. O nome vem da expressão aramaica usada por Jesus depois que ressuscitou a filha de Jairo e que significa "Menina, levanta".

Na Ásia, a rede tem 3.521 membros de 205 congregações religiosas em 20 países. No ano passado, Talitha Kum Asia também "ajudou e apoiou 3.972 vítimas de tráfico humano e organizou 3.909 cursos oficinas de formação".

Irmã Abby Avelino, membro da congregação das Missionárias Maryknoll e diretora de Talitha Kum na Ásia, disse em um relatório enviado à Agência Fides que "as formas predominantes de tráfico humano" na Ásia e no mundo são "trabalho forçado, casamento forçado e exploração sexual".

Segundo irmã Avelino, redes de tráfico de pessoas muitas vezes capturam suas vítimas por meio de "tráfico informático e exploração sexual infantil online (OSEC)".

As crises econômicas e políticas na Ásia "aumentam o número de pessoas que se tornam vulneráveis ​​ao tráfico, em particular mulheres, meninas, jovens, migrantes e refugiados", diz a religiosa, porque "ficam presas na exploração para sobreviver".

Segundo irmã Avelino, a estratégia de Talitha Kum na Ásia é priorizar a prevenção do tráfico de pessoas por meio de "campanhas de formação e conscientização".

O público-alvo das campanhas são principalmente "mulheres, jovens, comunidades religiosas e tribais e trabalhadores imigrantes", e são feitas em "escolas, paróquias e comunidades locais". Desde o início da pandemia de covid-19 a organização começou a atuar online. Workshops mensais sobre o combate ao tráfico de pessoas, com o objetivo de "reforçar a prevenção, proteção, capacitação e a criação de redes, bem como colaboração e defesa" foram feitos. Graças aos meios virtuais, a visibilidade de seu trabalho aumentou e, no ano passado, filiais de Talitha Kum foram abertas em Bangladesh e no Vietnã.

O programa "Sufficiency Economy" (Economia de suficiência) fortaleceu o desenvolvimento de capacidades de "mulheres e jovens dos povoados e zonas montanhosas", que aprenderam a "gerenciar recursos alimentares naturais, como ervas e vegetais" das florestas locais, disse Avelino.

Um novo programa Talitha Kum Anti-Trafficking Youth Ambassadors (Embaixadores da juventude contra o tráfico Talitha Kum), que visa capacitar homens e mulheres jovens de dez países asiáticos para que envolvam mais jovens na luta contra o tráfico de pessoas, foi iniciado neste ano.

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