Vaticano, Jul 21, 2022 / 10:26 am
O salesiano coadjutor Antonio Maggiotto, que trabalhou por 38 anos no jornal L'Osservatore Romano, morreu na terça-feira (19) na Itália.
"Serviu a Santa Sé por um período ininterrupto de 38 anos, durante os quais semeou incansavelmente o espírito de Dom Bosco. É uma figura lembrada com carinho no Vaticano", disse o reitor-mor dos salesianos, padre Ángel Fernández Artime.
O L'Osservatore Romano, jornal oficial da Santa Sé, publicou um artigo na quarta-feira (20) no qual descreveu Maggiotto como "um tipógrafo a serviço do papa e da Igreja".
Segundo a nota publicada pela Agência de Notícias Salesianas (ANS), o irmão Maggiotto nasceu em Loria – Bessica, Itália, em 17 de fevereiro de 1936. Estudou tipografia no Instituto Salesiano Bernardi-Semeria de Castelnuovo Dom Bosco, onde entusiasmou-se pelo carisma e entrou na congregação.
Continuou sua formação religiosa no Colle Don Bosco, onde nasceu o santo, e depois partiu como missionário para a Argentina. Serviu aos jovens como professor na Escola Tipográfica Salesiana de San Isidro, Buenos Aires. Além disso, tornou-se diretor técnico de imprensa da Editora Dom Bosco.
Em 1969 voltou para a Itália e depois foi nomeado diretor técnico da Escola de Impressão Colle Don Bosco. Em 1975 foi morar na comunidade dos salesianos no Vaticano.
Ele foi responsável e depois diretor técnico do L'Osservatore Romano, introduzindo como novidade a criação do Serviço Fotográfico Vaticano. Foi diretor comercial da Imprensa do Vaticano em 1984 e conheceu cinco papas.
"Gerenciou os ambientes de formação e trabalho com eficiência, excelentes resultados e, acima de tudo, espírito fraterno. Ele amava muito a Nossa Senhora. O terço era o primeiro compromisso do dia", comenta padre Elio Torrigiani, que foi diretor da comunidade salesiana no Vaticano por 18 anos.
Nos últimos anos de sua vida, o irmão Maggiotto serviu como ecônomo da Obra Salesiana de Testaccio, em Roma. Em junho foi diagnosticado com um tumor, depois passou por várias comunidades salesianas onde foi tratado até chegar ao Instituto Salesiano di Godego, onde morreu.
"Como figura de salesiano coadjutor, deixa uma lembrança indelével de ter conseguido incutir em todos os jovens estudantes de Testaccio seu entusiasmo sempre vivo e seu alegre otimismo", destacou Artime.
"Sua morte repentina nos deixa com grande tristeza. Suas boas ações continuarão vivendo para sempre no coração de todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo".
O salesiano coadjutor
Dom Bosco queria que os salesianos servissem aos jovens como padres e coadjutores, que são leigos religiosos com votos de obediência, pobreza e castidade que vivem em comunidade com seus irmãos padres.
Fazem trabalhos imersos na sociedade do trabalho, geralmente com cargos e serviços de ensino técnico, por isso recebem constante formação específica para sua missão durante sua vida como salesianos.
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