19 de dezembro de 2024 Doar
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Exorcistas advertem sobre os perigos da moda das “bruxas modernas”

Imagem ilustrativa | Zachary Kadolph (Unsplash)

Por causa da moda de ser uma "bruxa moderna", três padres exorcistas explicaram os perigos de abrir as portas para a feitiçaria e como se afastar de suas consequências.

Um artigo no jornal National Catholic Register, do grupo EWTN ao qual pertence ACI Digital, divulgou uma entrevista com três padres exorcistas que explicam por que invocar espíritos e lançar feitiços são um perigo para a alma.

Está na moda entre alguns jovens, especialmente as mulheres, afirmar que praticam bruxaria, o que envolve o uso de cristais para fins curativos ou espirituais e até mesmo lançar feitiços na esperança de que seus desejos sejam atendidos.

O National Catholic Register citou o caso de Gala Darling, uma escritora que se identifica como bruxa. Darling organizou um "ritual público" virtual para lançar feitiços sobre Donald Trump, que segundo ela, "lhe causariam danos". Segundo ela, 120 mil pessoas participaram.

Darling deu um workshop sobre magia, poder feminino e sexualidade para The Wing, um grupo que se autodenomina grupo de bruxas "com 650 membros femininos politicamente progressistas".

Diante dessa moda de ser "bruxa" é, o Register entrevistou um pároco que serviu como exorcista diocesano durante sete anos. "Lançar feitiços é malicioso", disse o padre, porque ao fazer isso "você está tentando controlar alguma coisa. E quais são os poderes que são usados? Não é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Tudo o que for chamado vai ser contaminado", disse.

Ele explicou que a ideia de lançar feitiços é uma sedução do diabo que ele usa para atrair as pessoas para ele, e que "invocar um poder que não é de Deus e estabelecer uma relação com esse poder" é inútil e só traz consequências negativas para quem o faz.

"Se você pedir um favor, esses 'espíritos' não vão querer ajudar a longo prazo. Se você acha que sim, você está se enganando", disse o padre exorcista.

Ele também alertou que "uma vez que esses poderes demoníacos estão em um relacionamento com você, você tem que passar por um grande nível de batalha espiritual para se livrar. Eles não vão deixar você ir".

O diabo é um perseguidor, porque "o mal não se importa com a sua liberdade; quer o controle" e "é Deus quem quer que você tenha a verdadeira liberdade", disse o padre.

Para aqueles que são tentados a recorrer à feitiçaria, o padre os alertou a parar, porque "você acha que pode controlá-la, mas não pode".

Para aqueles que querem sair desse controle, o padre disse que eles devem ter um relacionamento com Deus, caso contrário "o mal continuará dizendo: somos donos dessa pessoa", disse ele.

Monsenhor John Esseff, exorcista da diocese de Scranton, Pensilvânia, há mais de 40 anos, disse em entrevista ao Register que "a guerra espiritual não é uma luta entre iguais", que "o diabo nos odeia", mas exortou a lembrar que "o mais importante é que Deus nos ama".

Para lidar com as consequências da feitiçaria, o exorcista incentivou a buscar o sacramento da reconciliação, pois "uma confissão vale mais do que cem exorcismos".

O padre explicou que um exorcismo é "uma bênção que predispõe a pessoa a receber novamente os sacramentos" e que "os sacramentos cuidam e fazem bem à alma".

Em vez de lançar feitiços, o exorcista exortou a ter uma vida sacramental e rezar a Deus para que cuide e proteja a nossa alma, especialmente a oração a são Miguel Arcanjo e a oração da Couraça de São Patrício.

O padre Vincent Lampert, exorcista da arquidiocese de Indianápolis que ajudou o exorcista italiano padre Carmine De Filippis em mais de 40 exorcismos, disse que no serviço do exorcista "não há magia envolvida".

"Eu trago o poder e a glória de Jesus Cristo, mas na maioria das vezes, as pessoas nos tratam como magos", afirmou. Para se afastar do mal é preciso "estar disposto a orar e se aproximar de Deus. O poder de Deus é maior que o poder do mal".

"O diabo foge se você for à igreja e principalmente se você for comungar", concluiu.

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