21 de novembro de 2024 Doar
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Santa Sé colocou “freio de emergência” no Caminho Sinodal da Alemanha, diz líder leigo

Vaticano | Pixabay

O publicitário e cofundador da iniciativa Novo Começo, Bernhard Meuser, disse que com o comunicado de ontem (21), a Santa Sé colocou um "freio de emergência" no Caminho Sinodal Alemão.

"O perigo de um cisma acabou", disse Meuser sobre o texto publicado pela Santa Sé ontem (21).

O Caminho Sinodal Alemão se descreve como um processo que reúne os bispos da Alemanha e leigos selecionados para debater e aprovar resoluções sobre o modo como o poder é exercido na Igreja, moral sexual, o sacerdócio, e o papel das mulheres, temas sobre os quais manifestaram várias vezes e publicamente opiniões contrárias à doutrina da Igreja.

No comunicado de ontem (21), a Santa Sé disse que o Caminho Sinodal poderia representar "uma ameaça à unidade da Igreja".

"Para proteger a liberdade do Povo de Deus e o exercício do ministério episcopal, parece necessário especificar que o 'Caminho sinodal' na Alemanha não tem poder para obrigar bispos e fiéis a assumirem novas formas de governo e novas abordagens de doutrina e moral", diz o comunicado publicado ontem (21).

O comunicado diz que "não seria lícito iniciar nas dioceses, antes de um acordo no âmbito de toda a Igreja, novas estruturas oficiais ou doutrinas, que seriam uma ferida à comunhão eclesial e uma ameaça à unidade da Igreja".

O publicitário alemão agradeceu à Igreja pelo Sínodo sobre a Sinodalidade, que acontecerá em 2023, e no qual um "equilíbrio realista" pode ser alcançado para reformar a Igreja corretamente.

Críticas ao Caminho Sinodal Alemão

Meuser também falou sobre três pontos de crítica ao polêmico Caminho Sinodal baseado no comunicado da Santa Sé.

A primeira é que "o fato de um grupo arbitrariamente constituído de pessoas dispostas a reformar uma igreja local tomar o direito de decidir por si como a Igreja funciona e o que ela tem a ensinar é flagrante violação da unidade. O papa teve que intervir!"

A segunda é que a "tentativa sinodal de submeter os bispos a uma espécie de 'soviet supremo' (como o chamou o cardeal Walter Kasper) teve que desencadear a oposição decisiva da Santa Sé".

A terceira crítica, disse Meuser, é que ficou claro que o Caminho Sinodal busca, "com perícia teológica unilateral e decisões da maioria, redefinir os ensinamentos e as obrigações morais da Igreja universal".

A publicitária Birgit Kelle disse que, com o seu comunicado, a Santa Sé "realmente acabou com o Caminho Sinodal. E para colocar de outra forma: isso é uma coisa boa".

"Este caminho não tem nada a ver com a demanda original para lidar com a crise de abusos, mas tratava clara e abertamente de trabalhar nesta crise para tirar poder dos bispos e para fazer cumprir as velhas demandas", tuitou Kelle.

Nem o Caminho Sinodal nem seus dois organizadores, a Conferência Episcopal Alemã (DBK) e o Comitê Central de Católicos Alemães (ZdK), comentaram até agora o comunicado da Santa Sé.

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