Aug 11, 2024 / 01:00 am
Hoje (11) é celebrada a festa de santa Clara de Assis, cofundadora das clarissas pobres e primeira abadessa de São Damião.
A seguir, apresentamos cinco dados sobre a vida desta grande santa.
1. É padroeira da televisão e das telecomunicações
No final dos anos 1950, a televisão estava se tornando uma das formas mais importantes de comunicação da sociedade moderna.
Por isso, o papa Pio XII quis oferecer a bênção e a proteção da Igreja para essa nova tecnologia. Assim, em 1958, publicou a Carta Apostólica proclamando santa Clara como padroeira da televisão.
Nesta, proclama-se que a Igreja apoia a inovação tecnológica, o progresso e recomenda o uso da tecnologia moderna para a proclamação do Evangelho. Reconhece que a televisão é capaz tanto do bem quanto do mal, por isso precisa de um santo padroeiro para a proteção espiritual.
O papa escolheu santa Clara de Assis (do século XIII) pela seguinte razão: conta a história que, em um Natal, santa Clara estava doente e não conseguia sair de sua cama para assistir à missa.
No entanto, milagrosamente, Deus lhe deu uma visão da Eucaristia em seu convento em tempo real, algo parecido a uma “televisão espiritual”.
2. Foi grande amiga de são Francisco de Assis
Na audiência geral de 15 de setembro de 2010, o papa Bento XVI afirmou que "principalmente no início da sua experiência religiosa, Clara encontrou em Francisco de Assis não apenas um mestre cujos ensinamentos devia seguir, mas inclusive um amigo fraterno".
Quando Clara tinha 18 anos, são Francisco foi à igreja de São Giorgio de Assis para pregar durante a Quaresma. Clara, depois de ouvir esta pregação, sentiu dentro de si uma chama que iluminou seu coração e logo a fez implorar a São Francisco para ajudá-la a viver também "segundo o modo do Santo Evangelho".
São Francisco, que depois reconheceu em Clara uma das almas escolhidas destinadas por Deus para grandes coisas, prometeu ajudá-la e tornou-se seu guia espiritual.
Em 1212, Clara fugiu de sua casa e se dirigiu para a Porciúncula (Itália), onde entrou para fazer parte da Ordem dos Irmãos Menores. Clara prometeu obedecer a São Francisco em tudo. Algum tempo depois, ela e suas seguidoras se mudaram para o convento de São Damião, onde a santa permaneceu 41 anos até o dia de sua morte.
Nesse mesmo ano, santa Clara e são Francisco de Assis fundaram a segunda ordem franciscana ou das irmãs clarissas.
3. É a primeira e única mulher a escrever uma regra de vida religiosa para mulheres
Bento XVI indicou que “Clara foi a primeira mulher na história da Igreja que compôs uma Regra escrita, submetida à aprovação do papa, para que o carisma de Francisco de Assis fosse conservado em todas as comunidades femininas que se iam estabelecendo em grande número já naquela época e que desejavam se inspirar no exemplo de Francisco e de Clara”.
Sua decisão de escrever uma regra foi uma mudança radical das normas religiosas de seu tempo. Só depois de insistir, o Papa Inocêncio IV a aprovou, dois dias antes da morte de Clara, em 11 de agosto de 1253.
4. Fez milagres surpreendentes com pães
Certo dia, tinham apenas um pão para 50 irmãs clarissas. Santa Clara o abençoou e, rezando todas juntas o Pai-nosso, multiplicou o pão e o repartiu a suas irmãs.
Depois, enviou a outra metade aos irmãos menores. Diante disso, afirmou: "Aquele que multiplica o pão na Eucaristia, o grande mistério da fé, por acaso lhe faltará o poder para abastecer com pão suas esposas pobres?”.
Em outra ocasião, em uma das visitas do papa Inocêncio III ao convento, santa Clara preparou as mesas e colocou nelas o pão para que o papa os abençoasse.
O papa pediu à santa que o fizesse, mas Clara se opôs rotundamente.
O papa pediu que ela fizesse o sinal da cruz sobre os pães e os abençoasse em nome de Deus. Santa Clara, como verdadeira filha da obediência, abençoou muito devotamente aqueles pães com o sinal da cruz e, no mesmo instante, apareceu o sinal da cruz marcado em todos os pães.
5. Esteve doente por muitos anos
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Santa Clara ficou doente por 27 anos no convento de São Damião, suportando todos os sofrimentos de sua doença. Em seu leito, bordava, fazia costuras e rezava sem cessar.
O papa a visitou duas vezes e exclamou: "Eu gostaria de ter tão pouquinha necessidade de ser perdoado como a que esta santa tem".
Cardeais e bispos iam visitá-la para pedir seu conselho.
São Francisco já havia morrido, mas três dos discípulos preferidos do santo, frei Junípero, frei Ângelo e frei Leão, leram para Clara a Paixão de Jesus enquanto agonizava.
A santa repetia: “Desde que me dediquei a pensar e meditar sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, as dores e os sofrimentos não me desencorajam, mas me confortam”.
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