17 de dezembro de 2024 Doar
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Martírio de padre francês morto por muçulmanos está comprovado, diz postulador

Padre Jacques Hamel celebra missa | ACN

O postulador da causa de beatificação do padre francês morto em sua paróquia na França por terroristas muçulmanos em 2016, disse que "o martírio de padre Jacques Hamel está comprovado".

Segundo a organização pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o postulador da causa de beatificação, padre Paul Vigouroux, afirma que "há uma morte violenta por ódio à fé cristã, e de forma premeditada. A polícia francesa provou isso e está no arquivo."

Hamel foi morto em 26 de julho de 2016 na igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, na Normandia, por dois radicais muçulmanos de 19 anos que algegavam sr do estado Islâmico Iraquiano.

Seis anos depois do martírio, a igreja onde Hamel foi esfaqueado pelos dois terroristas islâmicos tornou-se local de peregrinação.

Como parte do processo de beatificação, alguns milagres e curas foram relatados e examinados por médicos. "Há o exemplo de uma pessoa que afirma ter colocado as mãos paralisadas no túmulo do padre Hamel e foi curado", diz o postulador.

"Temos o testemunho de seu médico. Sem dúvida, há elementos sobrenaturais que nos animam a continuar nosso trabalho", diz o padre Vigouroux.

Quando era seminarista, Hamel foi convocado para servir na Guerra da Argélia 91954-1962), quando a Argélia obteve sua independência da França. Lá, viajava num carro cheio de soldados que foi atingido por uma rajada de metralhadora. Hamel foi o único sobrevivente.

No dia do atentado, o padre Hamel celebrou missa às nove da manhã com três Irmãs da Caridade e um casal que celebrava 65 anos de casamento.

No meio da celebração, dois homens irromperam pela sacristia gritando "Allahu akbar" (Deus é grande, em árabe) e fizeram proclamações contra os franceses como inimigos dos muçulmanos.

Segundo a ACN, o padre Hamel exclamou: "Mas o que vocês estão fazendo? Acalmem-se!" Um dos jihadistas agarrou o padre para forçá-lo a ficar de joelhos, mas ele resistiu. Então recebeu a primeira facada.

Na hora, gritou: "Afasta-te, Satanás!" Foram suas últimas palavras. Uma nova facada cortou sua garganta.

Os agressores deixaram o templo usando duas das irmãs como escudo. Elas foram soltas assim que chegaram à porta. Os terroristas tentaram fugir gritando "Allahu akbar", mas foram mortos pela polícia.

O padre Hamel tinha participado de vários encontros interreligiosos. Tinha até sido convidado para participar da festa com que termina o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.

O papa Francisco disse durante a Missa de 14 de setembro de 2016, referindo-se ao Pe. Hamel: "Ele é um mártir!"

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