22 de dezembro de 2024 Doar
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Igrejas foram fechadas por causa da covid, mas autoridades não querem impedir orgias homossexuais por causa da varíola do macaco

Mão com sinais de varíola | The Focal Project (CC BY-NC 2.0).

Não foi difícil fechar espaços públicos, incluindo igrejas católicas, por medo da pandemia de covid-19. Agora, "razões ideológicas ou políticas" tornam difícil para as autoridades impedir orgias homossexuais para reduzir a propagação da varíola do macaco, disse a médica americana Grazie Christie, membro sênior da The Catholic Association nos EUA, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

Christie lamenta que "a medicina esteja se tornando cada vez mais politizada".

Para ela, "foi fácil para as autoridades recomendarem o fechamento de atividades vitais, como a escolarização das crianças, durante a covid".

"Isso afetou todos, sem exceção. Ou, deveria dizer, com exceção dos protestos e motins do Black Lives Matter que, por alguma estranha razão, foram declarados 'seguros'", disse ela, referindo-se ao movimento antiracista radical de esquerda dos EUA.

Para Christie, por trás da dificuldade em impedir condutas homossexuais de risco para a saúde pública, pode-se encontrar "o mesmo tipo de raciocínio que usa razões ideológicas ou políticas para declarar alguns comportamentos seguros e outros inseguros, ou que alguns comportamentos sejam declarados fora do alcance das recomendações de restrição de segurança, como o sexo homossexual grupal".

O atual surto de varíola do macaco começou nos primeiros dias de maio de 2022, e especialistas alegam que o aumento no número de infecções da doença, normalmente endêmica em nações africanas, ocorreu após duas grandes festas homossexuais na Espanha e na Bélgica.

Em 23 de julho, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que "no momento, esse surto de varíola dos macacos está concentrado entre homens que fazem sexo com homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros sexuais".

Os números dos Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC) apontam na mesma direção.

Num estudo publicado em 5 de agosto, os CDC descobriram que "entre os casos de varíola nos EUA com dados disponíveis, 99% ocorreram em homens, 94% dos quais relataram contato sexual próximo ou íntimo entre homens recentemente".

Segundo a OMS, cerca de 30 mil casos de varíola dos macacos foram confirmados em todo o mundo, totalizando 11 mortes.

E embora a OMS e o CDC incentivem a redução do número de parceiros sexuais, principalmente entre homens que fazem sexo com outros homens, ativistas e políticos homossexuais reagiram com acusações de homofobia contra as políticas de saúde.

Um dos críticos é Scott Wiener, senador democrata do Estado da Califórnia. Wiener se declara homossexual e lidera uma comissão especial do Senado do Estado sobre varíola do macaco.

No final de julho, Wiener disse no Twitter que "dar sermão às pessoas para que não façam sexo não é uma estratégia de saúde pública. Não parou o HIV, piorou e não vai parar a varíola".

Em declarações publicadas dias depois pelo The Washington Post, Wiener disse que "se as pessoas querem fazer sexo, elas vão fazer sexo".

"Conheço pessoas que normalmente vão a festas sexuais que não vão fazer. As pessoas tomarão suas próprias decisões sobre seus próprios níveis de risco", disse Scott Wiener

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) também criticou no final de maio deste ano o que considerou "estereótipos homofóbicos e racistas" na cobertura jornalística da varíola, embora tenha reconhecido que "uma parte significativa dos positivos foi entre homens homossexuais, homens bissexuais e outros homens que têm relações sexuais com homens".

Em entrevista coletiva em 25 de julho, o médico Ashish Jha, coordenador de resposta à covid-19 da Casa Branca no governo de Joe Biden, disse que "a comunidade mais afetada" pela varíola "é a comunidade LGBTQ" (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer), mas pediu "que não usemos esse momento para divulgar mensagens homofóbicas ou transfóbicas".

Para Grazie Christie disse que "não é discriminação ser claro e sincero ao explicar a propagação de uma doença infecciosa".

"Se a disseminação ocorrer entre um grupo de pessoas que se envolvem em comportamento repreensível, não é discriminatório ser claro e honesto sobre isso. Pelo contrário, protege essas pessoas, fornecendo-lhes as informações de que precisam para reduzir suas atividades perigosas".

Christie alertou que, pelo contrário, "poderia ser discriminação não dar a eles essa informação. Por exemplo, se viciados em heroína que compartilham seringas se expõem a uma infecção terrível (como o HIV), seria errado esconder essa informação deles."

Christie lamentou que "as autoridades parecem incapazes de recomendar a cessação das relações sexuais em grupo entre homossexuais como forma de impedir a propagação da varíola".

"Pode ser que sintam que a vida sexual desses homens não pode ser criticada ou restringida, porque é muito central para seu próprio conceito de florescimento humano", disse ela, observando que a "sociedade pós-moderna" dá "uma grande autoridade aos sentimentos, e como os sentimentos sexuais são considerados primordiais, temos medo de recomendar o autocontrole sexual".

Para Christie, "a injeção de racismo essencial e de ideologia de gênero radical está tendo um efeito terrível na medicina, que todos eventualmente sentirão".

"Infectou as organizações médicas profissionais e escolas médicas, juntamente com uma ideologia radical pró-aborto", acrescentou.

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"Agora, diante da varíola do macaco, os 'especialistas' médicos se recusam a recomendar a restrição do sexo gay grupal por uma espécie de sacralização de alguns tipos de sexualidade".

"Mais uma vez, uma maneira terrível de fazer ciência", disse ela.

Grazie Christie acrescentou que "em grande parte, a normalização da homossexualidade em nossa sociedade foi produzida pela constante reiteração do conceito de que eles são como heterossexuais".

"Eles querem as mesmas coisas: amor, família, uma casinha com uma cerca branca. 'Amor é amor'", disse.

Porém, "o fato de que o sexo gay homossexual muitas vezes envolva orgias e contato com dezenas de completos estranhos nega a ideia de que 'amor é amor'", afirmou ela.

"Ao mesmo tempo, estamos constantemente expostos a mais e mais fetichismo sexual e degeneração sexual, e temos que aceitar isso como normal", criticou.

"O consentimento é tudo o que a esquerda reconhecerá como regra para o sexo ético. Portanto, qualquer crítica ao sexo grupal gay é um tabu."

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