22 de novembro de 2024 Doar
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Governo da Colômbia é criticado por ausência de condenação da perseguição religiosa na Nicarágua

Dom Rolando Álvarez vigiado pela polícia nicaraguense | Diocese de Matagalpa

O presidente da plataforma cidadã Unidos pela Vida, Jesús Magaña, disse que é "vergonhosa" e "ideologizada" a decisão do governo de Gustavo Petro de não estar presente na votação da resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) que condenou a perseguição na Nicarágua contra a Igreja Católica e qualquer pessoa ou organização que se oponha ao presidente Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro da Frente Sandinista de Libertação Nacional, grupo esquerdista que tomou o poder no país em 1979.

Na sexta-feira (12) em sessão extraordinária, o Conselho Permanente da OEA aprovou uma resolução que "condenou veementemente o fechamento forçado de organizações não governamentais, e o assédio e as restrições arbitrárias de organizações religiosas e das vozes críticas ao governo e suas ações na Nicarágua".

O documento, intitulado "A situação na Nicarágua", foi aprovado com 27 votos a favor, 4 abstenções (El Salvador, Honduras, Bolívia e México) e um voto contra (São Vicente e Granadinas). Dos 34 membros da OEA, só Nicarágua e Colômbia estavam ausentes.

 

A ausência da delegação colombiana foi criticada dentro e fora do país. Esta é a primeira atuação na OEA do governo de Gustavo Petro, também ele ex-guerrilheiro de esquerda. Petro fez parte do M-19, grupo guerrilheiro praticamente extinto.

"A situação da Colômbia, de não estar presente nessa resolução na sexta-feira é vergonhosa, é uma posição ideologizada do governo Gustavo Petro que não respeita, não defende os direitos humanos que diz defender em sua plataforma ideológica", disse Jesús Magaña à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

O líder pró-vida disse que é uma atitude comum "entre os governantes de esquerda", de "olhar para o outro lado" quando um regime ideologicamente relacionado comete abusos de direitos humanos.

Magaña disse que "a mesma posição que se manteve em relação a Cuba" é "agora a posição que o governo de Gustavo Petro tem contra a Nicarágua, que viola de forma clara e aberta os direitos fundamentais da população".

Em 26 de novembro de 2016, um dia após a morte de Fidel Castro, o atual presidente da Colômbia manifestou sua admiração pelo ditador cubano.

"Fidel é inseparável da história latino-americana, assim como Bolívar. Dois rebeldes, dois sempre vivos", escreveu Petro em sua conta no Twitter.

 

Sobre a ditadura nicaraguense de Daniel Ortega, Magaña disse que "mais cedo ou mais tarde veremos a queda deste regime abominável que irá para a lixeira da história por ser um governo demagógico, opressor, por ser um governo que destrói liberdades totalmente alinhado com essa ideologia marxista que destrói".

Manifestação em frente à embaixada da Nicarágua

Ontem (16) aconteceu uma manifestação em frente à embaixada da Nicarágua em Bogotá, Colômbia, para exigir o fim dos abusos contra os direitos humanos, entre cujas vítimas estão vários padres e o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, cuja casa está cercada pela polícia desde 4 de agosto.

 

A manifestação foi convocada por um grupo de jovens chamado Sem Medida, e teve a participação de Unidos pela Vida, Mais Colômbia e outras organizações.

Os manifestantes rezaram o terço e leram um comunicado que foi entregue aos funcionários da embaixada, e que exige a liberdade de dom Álvarez, dos sacerdotes e da população nicaraguense.

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