17 de novembro de 2024 Doar
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Beatos mártires católicos que morreram vítimas do terrorismo

Monges de Tibhirine, irmã Aguchita e mártires poloneses | Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, Comissão da diocese de Chimbote para a Beatificação dos Mártires e Igreja na Argélia.

Ao longo da história, há uma longa lista de santos e beatos católicos que morreram por ódio à fé por causa da violência terrorista.

"Que o seu testemunho nos sustente nos momentos mais difíceis da vida e nos ajude a reconhecer, mesmo nas provações, a presença do Senhor", disse o papa Francisco em 2017, recordando a beatificação do mártir salesiano beato Zeman Titus.

Por ocasião do Dia Internacional de Comemoração e Homenagem às Vítimas do Terrorismo, celebrado ontem, 21 de agosto, apresentamos a seguir a vida de alguns santos e beatos mártires que morreram vítimas do terrorismo e do ódio à fé católica:

1. Beata Aguchita

Irmã Maria Agustina Rivas López, conhecida como "Aguchita", foi uma freira peruana mártir da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, morta em 1990 pelo Sendero Luminoso, uma das organizações terroristas mais sangrentas do século XX que causou milhares de mortes no Peru.

Uma terrorista de 17 anos a matou com cinco tiros. Ela foi acusada de falar com os Asháninka, uma comunidade nativa que rejeitava o Sendero Luminoso, e de ajudar os pobres na cidade de La Florida, Junín, na selva central do Peru.

2. Os dois padres mártires poloneses

Padre Miguel Tomaszek e padre Zbigniew Strzalkowski da Ordem dos Frades Menores Conventuais da Polônia foram mortos no Peru pelo grupo terrorista marxista Sendero Luminoso em 1991.

Os padres serviam em Pariacoto, na serra norte do Peru. Lá eles educavam crianças e jovens, ensinavam agricultura e como construir estradas para as comunidades e ajudavam os doentes, especialmente na epidemia de cólera que atingiu o país em 1991.

Em 9 de agosto, os terroristas sequestraram os padres da casa paroquial e os levaram ao cemitério, onde os matarram por ódio à fé: padre Miguel foi baleado no pescoço e o outro nas costas. Abimael Guzmán, fundador do Sendero Luminoso, admitiu que ordenou a execução.

3. Beato Sandro Dordi

Sandro Dordi foi um padre italiano da Comunidade Missionária do Paraíso que foi morto pelo Sendero Luminoso, dias depois do martírio dos beatos mártires poloneses.

Em 1980, o padre começou seu serviço como missionário na cidade de Santa, perto de Chimbote, Peru, que tinha uma presença ativa dos terroristas. Lá, evangelizou e educou a população, promoveu a revalorização das mulheres, construiu capelas e ajudou os camponeses nas obras de construção.

Seu trabalho não foi bem visto pelo grupo terrorista de ideologia marxista, leninista, maoísta, porque lhe impedia de semear o "ódio de classe" entre a população.

Após a morte dos padres mártires poloneses, Dordi disse em sua última missa que os terroristas o ameaçaram de morte. "O terceiro sou eu", disse ele a seus três acólitos. Em 25 de agosto de 1991, terroristas o sequestraram em Vinzos e o mataram com três tiros na cabeça.

4. Beato Pierre Claverie

O padre dominicano nasceu na Argélia em 1938, durante o domínio francês do país. Em 1981 foi nomeado bispo de Orán, Argélia, onde serviu até ser morto por terroristas islâmicos na guerra civil argelina dos anos 1990.

Claverie era um grande conhecedor do Islã e lutou para aproximar cristãos e muçulmanos, opôs-se à violência e trabalhou pela paz. Por isso, os extremistas o mataram junto com seu motorista na entrada da cúria diocesana com um atentado a bomba em 1º de agosto de 1996.

5. Os sete beatos monges trapistas

Padre Christian de Chergé, superior do Mosteiro de Nossa Senhora do Atlas em Tibhirine, Argélia, foi morto junto com outros seis monges trapistas: Bruno, Christophe, Celestin, Luc, Paul e Michel, por terroristas islâmicos durante a guerra civil no país na década de 1990.

Os sete monges trapistas tinham entre 45 e 82 anos e ofereciam serviços médicos aos pobres no mosteiro. Embora os terroristas tenham começado a perseguir estrangeiros, especialmente franceses, e cristãos, os monges decidiram ficar para servir seu povo.

Em 1996, os terroristas islâmicos os sequestraram e meses depois, anunciaram que haviam sido degolados. O assassinato é considerado um dos mais sangrentos da guerra no país, já que suas cabeças apareceram em 30 de maio daquele ano, mas seus corpos nunca foram encontrados.

Os extremistas também mataram 10 pessoas que deram a vida pela fé na Argélia, entre eles, as missionárias agostinianas espanholas Caridad Álvarez e Esther Paniagua.

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