Roma, Sep 13, 2022 / 14:29 pm
"Estou pronto para ir à China", disse o papa Francisco durante o voo de ida para o Cazaquistão hoje (13).
À pergunta do jornalista do jornal católico francês La Croix, Loup Besmond, sobre a possibilidade de um encontro entre o papa e o presidente chinês Xi Jinping, Francisco respondeu que não tinha novidades sobre o assunto, mas disse estar "pronto" para ir à China.
O presidente chinês também está no Cazaquistão. Especula-se que pode haver um encontro entre os dois.
Como é tradição, o papa Francisco cumprimentou pessoalmente os mais de 70 jornalistas que o acompanham nesta viagem apostólica.
Andou pelos corredores do avião usando uma bengala e agradeceu a presença e "a ajuda durante esta viagem".
"Desejo-lhes bom trabalho, falaremos na volta", disse o papa Francisco.
Em 5 de julho, o papa Francisco disse esperar que o acordo provisório entre a Santa Sé e a China sobre a nomeação de bispos católicos seja renovado pela segunda vez em outubro.
"O acordo vai bem e espero que possa ser renovado em outubro", disse o papa à agência de notícias Reuters.
O acordo entre a Santa Sé e a China foi assinado em setembro de 2018 e renovado por mais dois anos em outubro de 2020. Os termos do acordo são secretos.
Em setembro de 2021, a Santa Sé confirmou a ordenação do sexto bispo católico nos termos do acordo. Sete bispos que foram nomeados pelo governo chinês antes do acordo de 2018 foram regularizados pela Santa Sé.
O papa Francisco disse que a nomeação de bispos na China sob o acordo "está indo devagar, mas foram nomeados".
Francisco disse que o processo lento é "'do jeito chinês', porque os chineses têm aquele senso de tempo que ninguém os apressa".
Padre Bernardo Cervellera, ex-editor-chefe de AsiaNews, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, no ano passado que os bispos que foram nomeados e ordenados são próximos à Associação Católica Patriótica, organização subordinada ao governo comunista da China que funciona como "Igreja" oficial no país. O acordo da Santa Sé é uma tentativa de acabar com a separação entre a 'Igreja patriótica" e a Igreja propriamente dita, que opera em uma situação de quase clandestinidade desde a revolução comunista de 1949.
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