22 de novembro de 2024 Doar
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Em tom de campanha na ONU, Bolsonaro oferece refúgio a padres e religiosos perseguidos na Nicarágua

Bolsonaro discursando na ONU. | Captura de imagem.

"Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido cruel perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo", disse o presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu discurso na 77ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ontem (20).

A fala visa a campanha eleitoral. Bolsonaro é candidato à reeleição e seu mais forte concorrente é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O candidato de esquerda é acusado de ser próximo a regimes esquerdistas da América Latina como Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Após a reeleição da quarta eleição do presidente Daniel Ortega, que soma 29 anos no poder na Nicarágua, em 7 de novembro de 2021, o PT publicou nota do então secretário de relações internacionais do partido, Romenio Pereira. "O Partido dos Trabalhadores (PT) saúda as eleições nicaraguenses realizadas neste domingo, 7 de novembro, em uma grande manifestação popular e democrática deste país irmão", diz a nota. "Esta vitória será conquistada apesar das diversas tentativas de desestabilização do governo e do bloqueio internacional contra a Nicarágua e seu atual governo, uma situação que penaliza principalmente os mais pobres e necessitados. Esperamos seguir com a FSLN neste caminho de construção de uma América Latina e Caribe livres e soberanos, uma região de paz e democracia social que possa servir de exemplo para todo o mundo", conclui a nota.

A nota foi retirada do site do PT. Mas ainda pode ser lida no site do poder360.

Referindo-se à perseguição que a Igreja Católica tem sofrido na Nicarágua, Bolsonaro disse na ONU que "tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos".

"É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação", ressaltou Bolsonaro.

O governo da Nicarágua já prendeu um bispo, padres, seminaristas e religiosos. Oito emissoras de rádios católicas foram fechadas por ordem do governo. E vários religiosos foram expulsos do país.

 

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