27 de dezembro de 2024 Doar
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Jogar comida fora é jogar pessoas fora, diz o papa Francisco

Papa Francisco | Vatican Media

"Já disse isso no passado, e não me cansarei de insistir, jogar comida fora é jogar pessoas fora", disse o papa Francisco ontem (29) numa mensagem enviada ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, Qu Dongyu por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2022.

"Os alimentos não podem ser objeto de especulação. A vida depende deles. E é um escândalo que grandes produtores estimulem o consumismo compulsivo para se enriquecerem, sem sequer considerar as necessidades autênticas dos seres humanos", escreveu o papa Francisco.

Francisco disse que "tanto a perda como o desperdício de alimentos são fatos verdadeiramente deploráveis, porque dividem a humanidade entre os que têm demais e os que carecem do essencial, porque aumentam as desigualdades, geram injustiças e negam aos pobres aquilo que precisam para viver com dignidade".

O papa falou da gravidade deste problema "que não podemos deixar passar neste momento difícil em que vivemos".

"Multidões de seres humanos não podem ter acesso à alimentação adequada ou aos meios para obtê-la, que é um direito básico e prioritário de toda pessoa", lamentou o papa acrescentando que "ver os alimentos jogados no lixo ou deteriorados por falta de recursos necessários para fazê-lo chegar aos seus destinatários é realmente vergonhoso e preocupante".

Francisco exortou toda a comunidade internacional a se mobilizar "para pôr fim ao lamentável 'paradoxo da abundância'" e lembrou o discurso de são João Paulo II em 5 de dezembro de 1992, durante a abertura da Conferência Internacional de Nutrição.

"No mundo existe alimentos necessários para que ninguém vá dormir com fome. São produzidos alimentos mais do que suficientes para 8 bilhões de pessoas. A questão, sem dúvida, é de justiça social, ou seja, como é regulada a gestão dos recursos e a distribuição da riqueza", disse Francisco. "O grito dos famintos, privados de um modo ou de outro de seu pão diário, deve ressoar nos centros onde são tomadas as decisões. E não pode ser silenciado ou sufocado por outros interesses".

Francisco disse que neste assunto "de tal magnitude, não podemos nos contentar com exercícios retóricos, que terminam em declarações que depois deixam de ser cumpridas por esquecimento, mesquinhez ou ganância" e acrescentou que "é tempo de agir com urgência e buscando o bem comum".

"É urgente tanto para os Estados como para as grandes empresas multinacionais, para as associações, como para os indivíduos, para todos, sem excluir ninguém, responder de forma eficaz e honesta ao grito de dor no coração dos famintos que pedem justiça", disse.

Para Francisco, "cada um de nós é chamado a reorientar seu estilo de vida de forma consciente e responsável, para que nenhuma pessoa seja deixada para trás e todos recebam o alimento de que necessitam, tanto em quantidade quanto em qualidade".

"Devemos isso aos nossos entes queridos, às gerações futuras e àqueles que estão atingidos pela miséria econômica e existencial", concluiu o papa Francisco.

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