6 de dezembro de 2024 Doar
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Arquidiocese exige respeito à Igreja após ataque a catedral de Bogotá

Catedral de Bogotá | Eduardo Berdejo (ACI)

A arquidiocese de Bogotá exigiu respeito dos responsáveis e participantes das manifestações, depois da tentativa de um grupo de feministas de incendiar a catedral durante a manifestação que fizeram na quarta-feira (28) a favor do aborto na Colômbia.

"Rejeitamos todas as formas de violência em atos e palavras, exigimos respeito civil por parte dos responsáveis e participantes das marchas e protestos, pedimos às autoridades que garantam a vida, a honra e os bens dos cidadãos", disse a arquidiocese num comunicado divulgado ontem (29).

Na noite de quarta-feira (28), um grupo de feministas, com os rostos cobertos, tentou incendiar a porta principal da catedral de Bogotá enquanto outras pichavam frases a favor do aborto.

Os ataques fizeram parte da manifestação pelo dia pela descriminalização e legalização do aborto.

O ataque foi condenado por líderes católicos e por parlamentares de vários partidos, membros da bancada pró-vida no Congresso colombiano.

Em seu comunicado, a arquidiocese manifestou dor e preocupação com os acontecimentos de quarta-feira (28), em que "alguns lugares sagrados, como a catedral primaz da Colômbia e outros templos emblemáticos para os católicos, que são bens culturais dos colombianos, foram mais uma vez vandalizados".

"As paredes da fachada estavam pichadas com frases ofensivas e, além disso, houve um incêndio em suas portas. A Polícia Nacional teve que intervir, só assim foi possível evitar danos maiores", diz o comunicado assinado pelo arcebispo de Bogotá, dom Luis José Rueda Aparicio.

O comunicado diz que a Igreja reconhece e promove o direito ao protesto pacífico "com o firme propósito de fortalecer a cultura democrática, mas sempre por caminhos racionais e humanos".

O texto recorda que "na sentença STC 7641 de 2020, a Suprema Corte Federal ordenou proteger os direitos à liberdade de expressão e ao protesto pacífico e não violento, deixando claro a censura a 'todas as formas violentas e irracionais de fazer manifestações para a proteção de direitos'".

Para alcançar o "verdadeiro desenvolvimento humano integral", diz o comunicado, é necessário "privilegiar o diálogo social e os canais estabelecidos nas normas constitucionais". "Recorrer às vias de fato é, em todo o caso, um ato que desumaniza e destrói o tecido social porque impede a paz e a convivência saudável".

"Em nenhum momento responderemos com violência a esses ataques indignos. Como discípulos missionários de Jesus Cristo, estamos sempre dispostos a construir uma cultura do encontro, que supere o ódio, a vingança e a violência em todas as suas formas. O papa Francisco tem insistido em que sejamos artesãos da paz porque anunciamos Jesus Cristo", conclui.

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