5 de dezembro de 2024 Doar
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O verdadeiro propósito do Concílio Vaticano II era mudar o mundo pelo poder do Evangelho, diz arcebispo dos EUA

Sessão do Concílio Vaticano II na basílica de São Pedro | Lothar Wolleh (CC BY-SA 3.0).

"Um mal-entendido comum e uma má interpretação era que o Concílio Vaticano II queria atualizar a Igreja, para que a Igreja se adaptasse aos tempos", disse o arcebispo de Miami, EUA, dom Thomas Wenski. "A intenção de João XXIII, e a 'atualização' que o Concílio pretendia fazer, não era submeter a Igreja ao espírito da época atual. João XXIII não queria mudar a Igreja, ao menos no essencial".

Wenski falava na homilia da missa de 11 de outubro, festa de são João XXIII e aniversário de 60 anos do Concílio Vaticano II.

O que são João XXIII estava querendo ao convocara o concílio em 1962, disse dom Wenski, era "mudar o mundo pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre".

"O Concílio Vaticano II foi para a Igreja se redescobrir como um movimento essencialmente evangélico. O propósito da Igreja é, como sempre foi, anunciar Jesus Cristo, que nos salva dos nossos pecados e nos conduz a uma nova esperança", disse Wenski. "A crise de nossa era moderna e pós-moderna pode ser adequadamente descrita como uma crise de esperança".

"As patologias sociais do nosso tempo –aborto, dependência química, promiscuidade, suicídio, divórcio e desagregação familiar - são sintomáticas de uma perda de esperança", disse ele. "Uma mulher que mata o fruto do seu ventre não tem esperança para o futuro, porque os filhos são a nossa esperança. Um homem que se envenena através do abuso de drogas não tem futuro".

"Mesmo aqueles que nominalmente se identificam como cristãos ou católicos revelam uma perda de esperança ao abandonar a frequência regular à Igreja e a recepção dos sacramentos: porque a oração é essencialmente uma expressão de esperança. Só quem tem esperança reza", disse Wenski.

O arcebispo de Miami disse: "sabemos que temos um futuro, um futuro revelado a nós pelo Filho de Deus que, ao tomar nossa carne, arma sua tenda em nosso meio só para nos levar à comunhão com o Pai".

"Esta esperança é fidedigna, como testemunham as vidas dos santos, e assim a esperança nos permite enfrentar o nosso presente", concluiu.

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