27 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo condena despenalização do aborto em Estado mexicano

Imagem ilustrativa | Foto de Amina Filkins

O bispo de Cancún-Chetumal, no sudoeste do México, dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, lamentou que o Congresso de Quintana Roo tenha despenalizado o aborto até a 12ª semana de gravidez, após a aprovação de outros dez Estados.

"Reconhecemos a dor e consternação de tantos católicos no estado que choram e deploram as ações dos deputados", disse dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas em um comunicado.

Na madrugada de quarta-feira (26), os legisladores do principal Estado turístico do México aprovaram, com 19 votos a favor, três contra e quatro abstenções, a reforma do Código Penal para permitir o aborto.

O bispo de Cancún-Chetumal lembrou aos congressistas "que mais de 70% da população de Quintana Roo é pró-vida" e que devem ouvir "o povo de Quintana Roo".

"Ouçam em primeiro lugar a sua própria consciência. Que a ambição política não vença a consciência", afirmou.

Segundo o comunicado, a posição da Igreja Católica será sempre "a favor dos direitos universais e fundamentais do ser humano, começando pelo direito mais básico à vida desde a concepção até a morte natural".

Dom Elizondo defendeu o "direito à objeção de consciência que protege os médicos ou pessoas envolvidas". "Eles não podem ser forçados a cometer um assassinato contra sua consciência", destacou.

Referindo-se ao aspecto político, disse que "os católicos convictos não votam em quem promove o assassinato".

Enquanto a "autoridade da Igreja não excomunga os promotores do aborto, são eles que rompem sua relação com a comunhão da Igreja e carregam o peso na consciência como cúmplices de assassinatos", disse.

Ao final de sua mensagem, dom Elizondo assegurou que os católicos "continuam em oração e estão comprometidos com uma batalha que não terminou" e pode ser revertida, "como já aconteceu em outros países".

"Compreendemos o grande sofrimento dessas mulheres que, por circunstâncias às vezes fora de seu controle, se veem envolvidas nessa situação de gestações complicadas, mas acreditamos que a solução não é o aborto e que todos devemos continuar procurando melhores maneiras de apoiá-las", concluiu.

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