22 de dezembro de 2024 Doar
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Entrevista à EWTN ajudou líder católico a salvar família presa no Afeganistão

Jason Jones em 18 de novembro no CPAC México | Ana Paula Morales (ACI Prensa)

Jason Jones, que lidera a Organização para a Educação em Direitos Humanos (H.E.R.O., na sigla em inglês), contou numa entrevista como a EWTN, grupo de comunicação católico ao qual pertence a ACI Digital, o ajudou no resgate de um casal preso no Afeganistão tomado pelo Talibã.

Falando à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, na sexta-feira (18), Jones, que atualmente participa da primeira Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) no México, disse que "havia um cidadão afegão-americano chamado Prince Waffa".

"Prince obteve sua cidadania servindo nas Forças Armadas dos EUA, como tradutor e intérprete", disse ele.

O afegão "foi aos EUA há vários anos através do trabalho duro, comprou seu próprio Seven-Eleven e tornou-se um empresário", disse Jones.

"Ela ainda não tinha 30 anos e se casou com o amor de sua vida, que estava no Afeganistão", continuou ele.

"Quando o Afeganistão começou a cair" em 2021, depois que as tropas americanas se retiraram do país, ele percebeu que sua mulher "ficaria presa lá sem que o visto fosse processado".

"Então, enquanto todo mundo estava tentando ir embora, esse jovem foi para o país só para acabar preso lá com sua mulher. Os EUA os deixaram", disse Jones.

"O amifo dele, ex-comandante militar dele, me viu no EWTN News Nightly", um programa de notícias em inglês da EWTN, contou Jones.

"Ele me mandou uma mensagem no LinkedIn, liguei para ele imediatamente e, imediatamente depois de ligar, ele me deu o número do celular de Prince Wafa e onde ele estava escondido no Afeganistão. Assim, poucos minutos depois de me ver na EWTN, eu estava em comunicação direta com seu amigo no Afeganistão".

Wafa "precisava de um telefone celular, seu celular estava prestes a morrer, que era sua forma de se comunicar com o governo dos EUA para qualquer esperança de sair", disse Jones.

"Assim, minhas equipes conseguiram entregar comida, dinheiro e celular para ele no mesmo dia. E pela graça de Deus, no dia 1º de dezembro será o primeiro aniversário de seu retorno à casa com sua esposa".

Esse resgate não é um evento isolado. Jones e sua organização se esforçam para ajudar as pessoas em todo o mundo.

Por um lado, disse à ACI Prensa, com o projeto Movie to Movement (Cinema para movimento, em tradução livre) produzem e promovem filmes "que promovem a dignidade humana e inspiram a solidariedade", como Bella, do mexicano católico Eduardo Verástegui.

A produção mais recente do Movie to Movement é Divided Hearts of America (Corações divididos da América, em tradução livre), sobre o debate sobre o aborto nos EUA.

Outra iniciativa, The Vulnerable People Project, (Projeto gente vulnerável, em tradução livre) "busca olhar para a doutrina social católica para promover uma arquitetura de proteção para as pessoas mais vulneráveis ​​do mundo, especialmente o nascituro, o idoso, os não desejados, os descartados e minorias étnicas e religiosas em todo o mundo que estão enfrentando genocídio".

Atualmente, a organização de Jason Jones tem uma campanha chamada freeourbishops.com (libertem nossos bispos), que pressiona o Partido Comunista Chinês a libertar os bispos católicos presos pelo governo.

Com The Vulnerable People Project, disse, eles também ajudam outros grupos que enfrentam a ameaça de genocídio, como os uigures na China e os yazidis no Iraque.

O projeto recebeu "muita atenção" no ano passado "por causa de nosso trabalho no Afeganistão", contou Jones. "Retiramos minorias étnicas e religiosas e ex-aliados dos EUA que estão em risco".

"Criamos uma rede para distribuir alimentos e carvão às viúvas e órfãos dos homens mortos na Guerra ao Terror", como a campanha militar dos EUA contra terroristas no Oriente Médio depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

"Começamos a proteger as escolas femininas com seguranças armados, câmeras e equipamentos de segurança. Também abrimos um Centro Médico da Mulher", disse.

"Nossa meta é fazer 100 centros médicos para mulheres nos próximos 12 meses e nossa meta é proteger todas as escolas para meninas do país até maio próximo", acrescentou.

Seu trabalho está longe de terminar com a recente crise humanitária causada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, onde "neste momento temos uma equipe que está retirando as minas terrestres das fazendas para que os agricultores possam cultivar".

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