22 de dezembro de 2024 Doar
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Projeto que proíbe linguagem neutra em escolas no Paraná é aprovado em primeira discussão

Um dos autores do projeto, deputado Homero Marchese | Orlando Kissner (Alep)

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou na terça-feira (13), em primeira discussão, o projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra em escolas estaduais e em ações e documentos oficiais do governo. O texto, que tramita desde 2020, teve 26 votos a favor e 5 contra. Ainda falta votação em segunda discussão para seguir para sanção do governador Ratinho Júnior (PSD).

A linguagem neutra é defendida por ativistas da ideologia de gênero e estabelece o uso de expressões que não sejam no masculino nem no feminino. Os artigos "a" e "o" são substituídos, por exemplo, por letras como "e" ou "x", para expressar o que classificam como gênero neutro ou não-binário. Assim, palavras como "todos" e "todas" são escritas "todes" ou "todxs", "menino" ou "menina" passam a ser escritos como "menine", entre outros.

O projeto de lei aprovado pela Alep é de autoria dos deputados Homero Marchese (Republicanos), Alexandre Amaro (Republicanos), Marcio Pacheco (Republicanos) e Coronel Lee (Democratas). O texto proíbe o uso de linguagem neutra em instituições de ensino, bancas examinadoras de seleções e concursos públicos, publicidade institucional, informativos, circulares, e-mails, memorandos e documentos oficiais, currículos escolares, editais, provas, exames e instrumentos similares.

Na tribuna da Alep, na terça-feira, o deputado Homero Marchese afirmou que o uso da linguagem neutra "é anunciada por pequenos grupos como uma reação a uma suposta opressão da língua portuguesa contra parte da população". Mas, "embora essa iniciativa do uso da linguagem neutra busque transmitir uma ideia de pluralidade e tolerância, ela tem no fundo o objetivo contrário. Ela busca dominar, pela linguagem, o pensamento da população para que reflita exatamente aquele pensamento defendido por um pequeno número de pessoas", afirmou.

O deputado Professor Lemos (PT), que votou contra, argumentou que o projeto "cria um fantasma" de que a linguagem neutra está sendo usada no Estado, para depois tentar combatê-lo.

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