KIEV, Dec 23, 2022 / 11:50 am
O esmoleiro pontifício, cardeal Konrad Krajewski, foi para a Ucrânia no domingo (18) para levar ajuda à população que sofre as terríveis consequências da guerra.
A situação piora após nove meses de invasão da Ucrânia pela Rússia e os recentes ataques do exército russo que deixaram várias partes do país sem eletricidade e gás.
Há vários dias, o cardeal Krajewski volta a caminhar pelas ruas frias da Ucrânia distribuindo a ajuda arrecadada na Itália nas últimas semanas.
O cardeal entregou à população as blusas térmicas doadas graças a uma iniciativa promovida pelo Dicastério da Caridade, para que os ucranianos possam se proteger das baixas temperaturas do rigoroso inverno.
Além das blusas térmicas, o esmoleiro do papa chegou da Polônia à cidade de Lviv com um carregamento de geradores elétricos. Em breve ele irá para Kiev, onde passará o Natal.
Em declarações ao Vatican News, Krajewski disse que "foi muito difícil atravessar a fronteira", pois teve de esperar numa fila de 25 km na fronteira, onde "sair foi muito difícil".
"Parei para encontrar os pobres, para dar a bênção do Santo Padre, para fazer-lhes votos de felicitações", disse ele.
"Estou prestes a partir para Kiev, para passar o Natal lá. Tantas pessoas estão sem luz, sem aquecimento", lamentou.
Krajewski disse que "milhares e milhares de roupas para ajudar a sobreviver neste tempo tão duro foram coletadas" e ele queria "ser o garante de que tudo o que coletamos na Itália seria transferido imediatamente".
Geradores elétricos chegaram às áreas de Odessa, Zaporizhia e Kharkiv. "No Evangelho se fala de hoje, 'desça da árvore e vá para casa, não daqui a uma semana, mas hoje'. Por isso, procurava este hoje do Evangelho na Ucrânia", disse o cardeal.
Não é a primeira vez que o esmoleiro pontifício e prefeito do Dicastério para a Caridade viaja ao país em guerra em nome do papa Francisco, que na última audiência geral pediu para pensar na população sofrida da Ucrânia, especialmente nas crianças.
"Essas crianças carregam consigo a tragédia de uma guerra tão desumana e dura: pensemos no povo ucraniano sem luz e sem aquecimento, sem as coisas principais para sobreviver, e rezemos ao Senhor para lhes dê a paz o quanto antes", disse o papa Francisco.
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