Arcebispo argentino afirma que a paz é concretizar ordem atribuída por Deus na sociedade

BUENOS AIRES, Jan 4, 2006 / 16:21 pm

O Arcebispo de Paraná, Dom. Mario Maulión, precisou que "a paz é muito mais que a ausência de males, agressões e morte. É principalmente concretizar a ordem atribuída por Deus à sociedade humana".

Em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz, o Prelado indicou também que "as atividades realizadas segundo a ordem natural geram alegria, manifestam beleza, são fecundas porque umas pluralidade de elementos distintos se encaminham integrando-se para a unidade. A ordem é serena, maravilhosa, tranqüila, harmoniosa. Nós a experimentamos em uma criança, em cada manifestação vital".

"A ordem natural é boa. E a ordem moral é muito boa. Só neles se alcança a verdade do homem e é na verdade como se alcança a paz", precisou.

Para o Arcebispo "o que trava ou impede a paz é a mentira", porque "está também metida em ideologias ou sistemas políticos e sociais que alcançam e afetam a muitos indivíduos e poluem a sociedade". "O Século XX mostra como ideologias, até de sinais contrários, foram tergiversando de modo programado a verdade do homem, causando tragédias inimagináveis para o homem de sentido comum", acrescentou.

"A busca da verdade, busca pessoal e comunitária, é o caminho para a paz", e pôs a ênfase na educação, porque "quando é caminho para a verdade, é sempre caminho para a paz", sublinhou Dom. Maulión e exortou aos pais, adultos e responsáveis por outros a "ser buscadores da verdade para ensinar a descobrir a vida, porque educar é também ensinar e aprender a convivência harmoniosa, o cultivo e o respeito pela ordem da vida e pela ordem moral".

Do mesmo modo, o Arcebispo de Paraná lembrou que "a educação da verdade para a paz procura fomentar e potencializar as relações para que sejam fecundas: trata-se das relações no âmbito doméstico da família, desde a sala-de-aula, da profissão e do trabalho, do bairro, do povo e da cidade. E, também, no âmbito maior da sociedade, da Pátria, do mundo".

"Reconhecer a verdade do homem é evitar o caminho do desprezo pelo homem e a desapreensão pela vida. Assim se evitarão os enfrentamentos que ferem e dividem ao homem e à sociedade", finalizou.