20 de dezembro de 2024 Doar
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O único que conhece o futuro é Deus, diz padre sobre previsões de Ano Novo

Imagem ilustrativa | Unsplash

Um católico não deve acreditar nas previsões para o ano novo porque "o único que conhece o futuro é o criador de todo o tempo e espaço, que é Deus", disse o padre Jorge Obregón LC, fundador da plataforma de evangelização New Fire às pessoas que procuram adivinhos ou videntes para o Ano Novo.

Falando à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, ele disse que as demais criaturas só "podem conjeturar coisas que acontecerão, como um velho sábio prediz o amanhã a partir de sua experiência prática e empírica, mas só o Criador tem a certeza".

"Se um homem ou uma mulher deposita sua confiança neste tipo de experiências ou pessoas, não está garantindo nada nem deixando que a confiança em Deus guie as suas vidas", advertiu Obregón.

"O que eles podem adivinhar não será de Deus. Será do maligno e de suas forças misteriosas. Não está nos planos de Deus que o ser humano conheça o amanhã", disse Obregón.

O padre lembrou aos católicos que "na Bíblia vemos no primeiro livro de Samuel como a consulta de Saul a uma pitonisa ou advinha trouxe-lhe a desgraça nas mãos de seus inimigos. Vemos a mesma coisa nos Atos dos Apóstolos com Simão que queria comprar poderes especiais".

"Consultar esse tipo de pessoas é se colocar nas mãos de um ser tão fraco ou mais fraco que a pessoa que está consultando. É preciso abster-se disso e rezar muito por aqueles que o fazem. Nossa oração de intercessão pode trazer muito bem para suas vidas", disse ele.

Confiança total em Deus no Ano Novo

Para o padre Obregón, o católico é alguém que confia plenamente em Deus", porque "quem põe a sua confiança em Deus não pode ser desiludido". Ele citou a frase de são Paulo: "Se Deus é por nós, quem será contra nós" (Rom 8, 31).

"Sor Faustina nos deixou um lindo pedido que traz tanto bem a todos os seres humanos em nossa jornada de vida que envolve muitas incertezas: 'Jesus, eu confio em vós'. Nessa frase, não há só uma piedade popular ou uma forma irracional de enfrentar a vida, mas mostra que o ser humano é fundamentado e sustentado pela força do criador do universo", disse ele. "Aqueles que confiam em Deus estão exercendo a 2ª virtude teologal da esperança".

"O Catecismo da Igreja Católica, nos números 2110-2117, nos fala sobre a perniciosidade de buscar outras seguranças na superstição, idolatria, adivinhação e magia. Essas existem desde sempre, não são novidade e não conduzem à paz que só Deus pode dar a quem n'Ele confia", disse.

Em outro momento, Obregón convidou "todos nós a ter em nossas orações aqueles que têm essa ignorância às vezes invencível" de acreditar na adivinhação, e conversar com eles para informá-los.

Por fim, sugeriu a todos os católicos que não se esqueçam em 2023 do "trabalho árduo e constante", assim como da "oração e confiança em Deus".

"Agora que o ano começa, tenham ilusões e sonhos. Tenham objetivos. Em qualquer idade, não importa qual seja, você tem que viver com ilusões e objetivos a serem alcançados. Há sempre uma missão dada por Deus a cada um. Pode-se dizer que Deus tem um projeto até o fim para cada um. Qual é o seu? Qual é o atual? Dedique-se a isso com profissionalismo, com boas pessoas, com disciplina, sempre ouvindo a voz de Deus que nos guia e nos faz seguir em frente e às vezes muda o nosso rumo", disse.

"Se fizermos isso, a Providência nunca nos abandonará em nossas tarefas, porque na realidade serão as suas tarefas", concluiu o padre Obregón.

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