22 de dezembro de 2024 Doar
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O serviço aos outros envolve a gratuidade, diz o papa Francisco

Papa Francisco no Ângelus de hoje (15 | Vatican Media

"O serviço envolve a gratuidade, o cuidar dos outros sem vantagens para si, sem segundas intenções", disse o papa Francisco na oração do Ângelus de hoje na qual falou sobre o testemunho de João Batista que "retira-se da cena para dar lugar a Jesus".

O papa Francisco disse aos fiéis reunidos na praça de São Pedro que "João coloca os seus discípulos nas pegadas de Jesus" e "não está interessado em ter seguidores para si, em obter prestígio e sucesso", ao contrário, o Batista "dá testemunho e depois dá um passo atrás, para que muitos tenham a alegria de encontrar Jesus".

"Com o seu espírito de serviço, e este é um verdadeiro espírito de serviço, com a sua capacidade de abrir espaço a Jesus, João Batista nos ensina uma coisa importante: a libertação dos apegos", disse o papa Francisco. "É fácil se apegar a papéis e cargos, à necessidade de ser estimado, reconhecido e premiado".

"Nos fará bem cultivar, como João, a virtude de nos afastarmos no momento oportuno, testemunhando que o ponto de referência da vida é Jesus", disse ele.

Francisco disse que isso é importante "para um sacerdote, que é chamado a pregar e celebrar não por protagonismo ou interesse, mas para acompanhar os outros a Jesus".

Mas também é importante "para os pais, que criam filhos com tantos sacrifícios, mas depois têm que deixá-los livres para seguir seu caminho no trabalho, no matrimônio, na vida".

"O mesmo vale para outros âmbitos, como a amizade, a vida conjugal, a vida comunitária. Libertar-se dos apegos do próprio ego e saber se afastar custa, mas é muito importante: é o passo decisivo para crescer no espírito de serviço", disse o papa.

O papa convidou a fazer a seguinte pergunta: "Somos capazes de abrir espaço para os outros? De escutá-los, de deixá-los livres, de não os prender a nós exigindo reconhecimento?".

"Sabemos nos alegrar pelo fato de as pessoas seguirem seu caminho e o seu chamado, mesmo que isso implique um pouco de distanciamento de nós? Regozijamo-nos com suas realizações, com sinceridade e sem inveja? Alegramo-nos quando os outros vão adiante, com sinceridade, sem inveja?", perguntou.

O papa concluiu pedindo a Nossa Senhora "que nos ajude a nos libertar dos apegos, e a abrir espaço ao Senhor e aos outros".

No final do Ângelus, o papa Francisco citou o povo ucraniano martirizado que sofre tanto e pediu para estar perto deles "com nossos sentimentos, ajuda e oração".

Ele também lembrou que de 18 a 25 de janeiro, é comemorada a semana de oração pela unidade dos cristãos sob o lema "Aprendam a fazer o bem, busquem a justiça".

A seguir, o evangelho comentado pelo papa Francisco hoje (15):

Do evangelho segundo são João (Jo 1,29-34)

Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel".

E João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: 'Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo'. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!"

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