5 de dezembro de 2024 Doar
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Família polonesa morta por proteger judeus dos nazistas será beatificada em setembro

Jozef e Wiktoria Ulma | Domínio Público

O casal polonês de Józef Ulma e Wiktoria Ulma e seus sete filhos, mortos pelos nazistas em 1944 por esconder oito judeus em sua casa, serão beatificados em 10 de setembro, em Markowa, Polônia. O anúncio foi feito ontem (15) pela arquidiocese de Przemyska.

Também foi anunciado que o representante do papa Francisco para esta ocasião será o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.

Em dezembro de 2022, o papa Francisco reconheceu o martírio do casal polonês e seus filhos, "mortos por ódio à fé em 24 de março de 1944 em Markowa, Polônia" durante a Segunda Guerra Mundial.

Na manhã de 24 de março de 1944, uma patrulha nazista cercou a casa de Józef e Wiktoria Ulma. Eles descobriram oito judeus que se refugiaram na propriedade da família Ulma e os executaram.

A polícia nazista depois matou Wiktoria, que estava grávida de sete meses, e Józef. Quando as crianças começaram a gritar ao ver seus pais mortos, os nazistas atiraram nelas também.

O postulador da causa da família Ulma, padre Witold Burda, contou que dentro da casa foi encontrada uma bíblia na qual a parábola do bom samaritano estava sublinhada com caneta vermelha.

Ele acrescentou que Józef e Wiktoria eram conhecidos em sua comunidade pela disposição em "ajudar qualquer um que batesse em sua porta".

"Eles construíram sua família sobre o fundamento da fé com fidelidade aos dois mandamentos essenciais: o mandamento de amar a Deus e o mandamento de amar o próximo", disse.

O padre Burda disse que a singularidade do processo de canonização da família Ulma está no fato de que os candidatos aos altares, além dos pais, são todos filhos. Eles morreram com idades que variam de um ano e meio a oito anos.

Seus nomes são Maria, Antoni, Franciszek, Władysław, Barbara, Stanisława. O sétimo era um bebê em gestação que Wiktoria Ulma carregava em seu ventre.

Em 13 de setembro de 1995, o instituto Yad Vashem reconheceu Józef Ulma e sua esposa Wiktoria como Justos das Nações, um reconhecimento dado aos não judeus que deram ou arriscaram suas vidas para salvar filhos do povo judeu.

É um reconhecimento concedido pelo Departamento dos Justos do Museu do Holocausto de Jerusalém.

Em 2004, foi inaugurado em Markowa um monumento em memória de Józef e Wiktoria Ulma e seus sete filhos.

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