22 de dezembro de 2024 Doar
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“Deus me protegeu e a Virgem Maria não me abandonou”, diz sobrevivente do terremoto na Turquia

Bassel Habkouk com seus dois filhos. | Bassel Habkouk

Bassel Habkouk, um católico libanês pai de dois filhos, quase perdeu a vida em uma viagem à Turquia que começou com uma catástrofe apenas horas após sua chegada ao país.

 

Bassel sobreviveu a 52 horas preso sob escombros do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria em 6 de fevereiro. Segundo a agência de notícias Associated Press, o terremoto deixou mais de 47 mil mortos, além de feridos e desaparecidos nos dois países.

 

Bassel sobreviveu e falou sobre o papel da Virgem Maria em fortalecê-lo para suportar sua provação à ACI MENA, agência em árabe do grupo ACI no norte de África e no Oriente Médio.

 

52 horas debaixo da terra

 

Bassel descreve o que aconteceu a ele na Turquia como a vontade de Deus, Ele caminhava com seu amigo Elias Al-Haddad quando foi atirado ao chão por destroços de prédio que caíram em cima dele. Seu companheiro de viagem morreu.

 

"Elias Al-Haddad falou comigo após o acidente e pediu minha ajuda, mas não consegui me mexer para ajudar. Depois de cerca de seis horas, não ouvi mais a voz dele", contou Bassel. "Fiquei sob os escombros por 52 horas, preso em um bloco de cerca de dois metros de comprimento e 40 centímetros de largura. Exposto ao ar frio sem saber de onde vinha, não sentia fome nem sede, embora ainda tivesse um pouco de comida comigo".

 

Os momentos mais difíceis

 

Bassel considera que o momento mais difícil que viveu sob os escombros foi quando a equipe de resgate o contatou no segundo dia, à noite.

 

Ele disse ter encontrado um cano de plástico com cerca de um metro de comprimento e o usou para bater nos escombros ao seu redor, sinalizando para os socorristas saberem onde estava, mas que após saber a sua localização, a equipe de resgate resgatou outra pessoa ao lado dele que estava com muita dor.

 

Após cinco horas de trabalho de socorro que continuaram até às duas da manhã, o resgate do homem que gritava de dor ao lado dele foi concluído e as equipes de resgate deixaram o local. Bassel teve medo de que o deixariam preso.

 

Das duas às sete da manhã daquele dia, Bassel, mais uma vez sozinho, passou pelos momentos mais difíceis, mas agarrou-se à sua vontade e começou a pensar em formas alternativas de sair do lugar onde estava preso.

 

O papel da Virgem Maria e a oração do rosário

 

"Quando os escombros caíram sobre mim, caí no chão, gritando do fundo do meu coração: Ó Maria!", diz Bassel. "Continuei a clamar à Virgem Maria pelos 40 segundos seguintes, até o terremoto parar. Depois, rezei o rosário sob os escombros. Deus me protegeu e a Virgem Maria não me abandonou".

 

 

A mãe de Bassel fez uma promessa a Nossa Senhora de Manatra

 

 

"Desde a infância, fui criado de acordo com as tradições da minha aldeia, Maghdouche. Lá aprendi a importância dos feriados católicos. Acredito no Senhor e busquei a intercessão de Sua mãe, a Virgem Maria, durante a minha vida", diz Bassel.

 

"O povo de Maghdoucheh costumava fazer o sinal da cruz sempre que saía da aldeia, dizendo: Em ti depositamos nossa esperança, ó Mãe de Deus", contou o libanês. "Então eles iam, confiando no Senhor por intercessão de Maria, e agradecendo-lhe por cuidar deles, especialmente durante as viagens difíceis".

 

Bassel também diz que sua mãe é uma crente que ama a Deus, a Maria e aos santos. Todas as manhãs, ela vai ao santuário de Nossa Senhora de Mantara e pede a intercessão de Maria e que proteja seus filhos.

 

"Quando ocorreu o devastador terremoto, ela prometeu à Virgem Maria que, se seu filho voltasse da Turquia em segurança, ela desceria descalça da aldeia até o santuário de Nossa Senhora de Mantara e entraria comigo rastejando na caverna. E ela cumpriu sua promessa depois que voltei para casa."

 

O resgate

 

Cinquenta e duas horas depois do terremoto, às 7h do dia 8 de fevereiro de 2023, Bassel foi resgatado pela equipe de segurança turca.

 

Para Bassel, palavras não podem descrever sua extrema felicidade ao retornar ao Líbano e sua recepção massiva em meio ao toque de sinos, aplausos e uivos.

 

"A alegria do povo de Maghdouche é indescritível e sou grato pelo amor de todos que nos banharam com ela, apesar de suas diferentes seitas", conclui.

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