CARACAS, Jan 12, 2006 / 15:36 pm
O Vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom. Roberto Lückert León, explicou que o impedimento dos sacerdotes para fazer política partidarista não significa que não possam se pronunciar sobre fatos que afetam o bem comum, e que dizer o que está errado não equivale a querer derrubar ao Governo.
"A Conferência Episcopal não está para derrubar governos, mas sim para alertar e fazer tomar consciência de que as coisas que estão erradas devem ser ditas", afirmou.
Em declarações à Unión Radio, o Prelado indicou que no pessoal não fará "política contra do governo do Presidente Chávez". Entretanto, lembrou ao Mandatário que sua prioridade é o bem-estar dos venezuelanos e não os cidadãos de outros países.
Esclareceu que embora esteja bem promover a caridade com os irmãos de outros países, primeiro se vela pela própria população.
"É preciso lembrar o aforismo que diz ‘claridade na rua e escuridão na casa’, neste caso o Presidente da República, Hugo Chávez, quer ser um líder continental e está tentando resolver todos os problemas econômicos de outros mas não está resolvendo os problemas dos venezuelanos", disse em referência aos recursos que destina a outros países, entre eles a Argentina.
Com respeito à medida que o Governo lançou contra o jornal Tal Cual, por publicar uma carta que o humorista Laureano Márquez dirigiu à filha do Chávez, Dom. Lückert advertiu que "faz parte de uma das etapas deste processo, (que) é a etapa do medo, para que depois concluamos na última etapa que será o silêncio".
O Vice-presidente do Episcopado indicou que Márquez "sempre teve um humor muito fino e nunca foi um homem vulgar, grosseiro que atropele os demais".
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