20 de dezembro de 2024 Doar
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Papa incentiva a viver com olhar para o céu e recorda que a meta é a eternidade

Papa Francisco no Regina Coeli | Vatican Media

No Regina Coeli de hoje (7), o papa Francisco convidou os fiéis a recordarem para onde suas vidas se dirigem, mesmo no cansaço: "Olhemos para o alto, para o Céu, lembremo-nos da meta, pensemos que somos chamados para a eternidade".

Antes de dirigir a oração mariana diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco refletiu sobre o Evangelho de hoje, que narra o último discurso de Jesus antes de sua.

Francisco disse que Jesus não deixou seus discípulos sozinhos, mas os convidou a "não ter medo" e disse-lhes "que vai preparar um lugar para eles e guiá-los rumo àquela meta".

"O Senhor indica hoje a todos nós o maravilhoso lugar aonde ir e, ao mesmo tempo, nos diz como ir, nos mostra o caminho a percorrer", destacou.

O papa disse que o "medo" que os discípulos sentiram é o mesmo que muitas vezes sentimos, "quando somos obrigados a nos separar de alguém que amamos".

No entanto, indicou que Jesus garante a seus discípulos que eles serão acolhidos "para sempre pelo calor de um abraço" e que estará no céu preparando um lugar para eles.

Em seguida, destacou que estas palavras são "fonte de consolação e de esperança", porque "Jesus não se separou de nós, mas nos abriu o caminho, antecipando o nosso destino final: o encontro com Deus Pai, em cujo coração há lugar para cada um de nós".

"Quando sentimos o cansaço, a desorientação e até mesmo o fracasso, lembremo-nos para aonde vai a nossa vida", exortou aos fiéis.

"Não devemos perder de vista a meta, mesmo se hoje corremos o risco de não lembrar, de esquecer as perguntas finais, aquelas importantes: aonde vamos? Rumo aonde caminhamos? Por qual motivo vale a pena viver? Sem estas perguntas, sufocamos a vida somente no presente, pensamos que devemos desfrutá-la o quanto possível e acabamos por viver o dia, sem um propósito, sem uma meta", acrescentou.

Francisco disse que Jesus também nos mostra o caminho a seguir. "Às vezes, principalmente quando há grandes problemas a enfrentar, temos a sensação de que o mal é mais forte, perguntamo-nos: o que devo fazer? Qual caminho devo seguir? Ouçamos a resposta de Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida'".

"Jesus é o caminho a seguir para viver na verdade e ter a vida em abundância. Ele é o caminho e, portanto, a fé Nele não é um 'conjunto de ideias' a acreditar, mas um caminho a percorrer, uma viagem a realizar, um caminho com Ele".

Para o papa, "Ele é o caminho que conduz à felicidade que não conhece ocaso. É imitá-lo, especialmente com gestos de proximidade e misericórdia para com os outros".

Esta é, segundo o papa, a "bússola" para chegar ao céu: "amar Jesus, o caminho, tornando-se sinais do seu amor na terra".

Por fim, o papa Francisco convidou os fiéis a olhar "para o céu", lembrar "da meta", pensar "que somos chamados para a eternidade, para o encontro com Deus". "E, do Céu, renovemos hoje a escolha de Jesus, a escolha de amá-lo e de caminhar atrás Dele".

Palavras depois do Regina Coeli

Ao finalizar a oração, o papa Francisco mencionou a Associação Meter e seu fundador, padre Fortunato Di Noto, "que realizam o compromisso de prevenir e combater a violência contra menores".

Francisco recordou que hoje (7) é celebrado o XXVII Dia das Crianças Vítimas e que há 30 anos "defendem as crianças do abuso e da violência".

"Estou perto de vocês, irmãos e irmãs, e os acompanho com minha oração e meu afeto. Nunca se canse de estar ao lado da vítima, ali está o Menino Jesus esperando por você, obrigado", disse.

Além disso, dirigiu uma saudação especial aos novos guardas suíços, "à sua família e amigos, e às autoridades suíças que participaram das comemorações deste benemérito Corpo".

Por fim, recordou que amanhã (8) será elevada em Pompeia, Itália, a tradicional Súplica a Nossa Senhora do Rosário, "naquele santuário que o beato Bartolo Longo quis dedicar à paz".

"Neste mês de maio, rezemos o Rosário, pedindo à Santíssima Virgem o dom da paz, especialmente para a atormentada Ucrânia. Que os governantes das nações ouçam o desejo dos povos que sofrem e querem a paz", concluiu.

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