19 de dezembro de 2024 Doar
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Nossa Senhora de Guadalupe é venerada na catedral da “cidade que nunca dorme”

Capela dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe na Catedral de São Patrício, em Nova York. | Cortesia de Horacio Ramos.

Uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe tem um lugar especial na catedral de São Patrício, em Nova York, EUA.

A imagem fica numa capela à direita do altar principal da catedral.

Réplica da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe na Catedral de São Patricio.  / Cortesia de Horacio Ramos.

A imagem da Virgem de Guadalupe foi colocada lá no início da década de 90, quando o arcebispo primaz do México, cardeal Ernesto Corripio y Ahumada, a levou para nova York.

A catedral acolhe todos os anos as celebrações da festa central da Virgem de Guadalupe, no dia 12 de dezembro.

Em Nova York há cerca de 3,9 milhões de hispânicos, que representam cerca de 20% da população da cidade. Os mexicanos são o terceiro grupo hispânico mais numeroso na cidade, depois dos porto-riquenhos e dominicanos, totalizando cerca de 470 mil habitantes.

Quase três décadas após a chegada da primeira imagem da Virgem, em 12 de dezembro de 2022, uma réplica exata de Nossa Senhora de Guadalupe e um ícone de são Juan Diego, seu vidente, foram entronizados na catedral de São Patrício pelo arcebispo de Nova York, o cardeal Timothy Dolan.

A cerimônia contou com a presença de três bispos mexicanos: dom Ramón Castro Castro, secretário-geral da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM); dom Héctor Pérez Villarreal, bispo auxiliar da arquidiocese do México; e dom Alfonso Miranda Guardiola, bispo auxiliar de Monterrey.

Vítimas do tráfico no coração da Virgem de Guadalupe

Ao lado da capela dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, em março deste ano foi colocada a escultura Let the Oppressed Go Free (Deixai livres os oprimidos), do artista canadense Timothy Schmalz, que representa santa Josefina Bakhita, padroeira das vítimas do tráfico de pessoas, libertando as vítimas da escravidão moderna.

Escultura "Let the Oppressed Go Free" (Deixai livres os oprimidos) na catedral de São Patrício.  / Cortesia de Horacio Ramos.

Segundo o The Good Newsroom, uma iniciativa de informação da arquidiocese de Nova York, o padre Enrique Salvo, reitor da catedral de São Patrício, disse que ter esta estátua na catedral é muito significativo, pois "a América Latina é um lugar comum onde ocorrem tragédias de tráfico de pessoas".

O padre Eduardo Chávez, um dos maiores especialistas nas aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que a Virgem de Tepeyac é "Mãe de todos os povos. Por isso sua pele morena, sua pele mestiça: é a unidade de todos os povos independente das fronteiras".

"A Virgem de Guadalupe, quando se expressa com Juan Diego, diz claramente: 'Eu sou sua mãe, a mãe de todos aqueles que nesta Terra estão em um e no outro, linhagens variadas, nações, aqueles que me amam, os que me procuram, os que confiam em mim'".

O padre mexicano, que recentemente deu uma série de conferências em Nova York, disse que o amor a Santa Maria nos EUA é muito forte, e que vê "que de todas as nações amam a Virgem de Guadalupe. É realmente comovente".

"Para Ela somos todos seus filhos, independente das fronteiras", disse, já que todos os católicos participam "daquela nacionalidade (que) é fazer parte da Pátria Celestial".

"Que Deus continue nos abençoando por sua misericórdia, por seu amor, por meio da Santíssima Virgem de Guadalupe, Mãe de todos os povos", concluiu.

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