LA PAZ, Jun 6, 2023 / 10:25 am
Às denúncias de abusos perpetrados por vários jesuítas que já morreram na Bolívia, somam-se agora as investigações por suposto encobrimento contra o superior da Ordem e outros cinco jesuítas bolivianos.
Gabriel Chávez, consultor de comunicação externa dos jesuítas na Bolívia, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que até o final de maio a Companhia tinha conhecimento de denúncias de abuso contra quatro jesuítas mortos: Alfonso Pedrajas Moreno, Alejandro Mestre Descals, Luis María Roma Padrosa e Jorge Vila Despujol.
Um artigo publicado ontem (5) pelo jornal La Razón, diz que há mais quatro religiosos acusados: Antonio "Tuco" Gausset, Francisco "Pifa" Pifarré, Carlos "Vicu" Villamil e Francesc "Chesco" Peris.
Seis jesuítas estariam sendo investigados "como acusados de encobrimento de agressores". Entre eles estão o atual superior na Bolívia, padre Bernardo Mercado, assim como Oswaldo Chirveches, Marco Recolons, Ignacio Suñol, Ramon Alaix e Arturo Moscoso.
Não está claro se esses religiosos fazem parte do grupo de oito ex-superiores provinciais que foram suspensos pela ordem no início de maio, no âmbito das investigações internas da comunidade.
Segundo La Razón, "muitos deles investigaram algumas denúncias e determinaram sua veracidade. As decisões sempre foram remetidas à Cúria Geral da Companhia em Roma".
Na quarta-feira, 31 de maio, o padre Mercado, provincial jesuíta, acompanhado do padre Osvaldo Chirveches, ex-provincial, compareceram ao Ministério Público de La Paz devido à investigação contra eles por suposto encobrimento.
Segundo o jornal Página Siete, o padre Mercado disse no final de sua declaração que havia prometido "como Companhia de Jesus contribuir com tudo o que for necessário para esclarecer esses casos que vieram à tona e que tanto sofrimento causaram" e estão causando à sociedade boliviana".
A ACI Prensa contatou a advogada dos jesuítas em La Paz, Audalia Zurita, para saber mais sobre as denúncias contra os religiosos e como a comunidade está apoiando as investigações.
Entre as perguntas enviadas estão: Por que esperaram até que o jornal El País publicasse as denúncias para trazer à tona os abusos? Será que os superiores não sabiam das penalidades na Bolívia por não denunciar tais crimes? Que penalidades poderiam recair sobre os jesuítas considerados responsáveis por encobrir ou administrar mal os abusos? Poderia entrevistar algumas das pessoas que apresentaram denúncias com a ajuda de seus centros de escuta para saber como elas se sentiram em relação ao apoio jurídico que vocês lhes deram?
A advogada Zurita se comprometeu a responder só à pergunta sobre quantos jesuítas foram oficialmente denunciados por abusos.
Ela disse que enviaria a resposta na sexta-feira (2), "ao meio-dia", mas até a publicação desta matéria não enviou as suas respostas
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