21 de dezembro de 2024 Doar
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Padre é morto ao voltar de trabalho pastoral na Nigéria

Padre Charles Onomhoale Igechi. | Arquidiocese da cidade de Benin.

O padre Charles Onomhoale Igechi foi morto a tiros na quarta-feira (7), quando voltava do seu trabalho pastoral na cidade de Benin, Nigéria.

O arcebispo de Benin City, dom Augustine Obiora Akubeze, manifestou ontem (8) à ACI Africa, agência do grupo ACI para a África, a sua "grande comoção" após a morte do padre Onomhoale, que celebraria seu primeiro aniversário de ordenação sacerdotal em agosto.

"O órgão de segurança competente foi informado e está atualmente trabalhando no caso", disse o arcebispo, acrescentando: "Rezamos para que os autores deste ato maligno sejam levados à justiça".

O arcebispo nigeriano também pediu orações pela alma do padre Onomhoale, que foi ordenado sacerdote em 13 de agosto de 2022.

Segundo o arcebispo, a missa pelo eterno descanso do padre Charles Onomhoale Igechi foi celebrada hoje.

"Confio todos vocês à intercessão materna de Nossa Senhora das Dores", disse o arcebispo, pedindo "que Deus continue guiando e protegendo todos os fiéis da arquidiocese de Benin City e que a alma do padre Charles encontre paz e tranquilidade no abraço amoroso de nosso Salvador ressuscitado."

O padre morto era vice-diretor do St. Michael College, em Benin.

O crime é o mais recente de uma série de atos violentos contra padres no país mais populoso da África.

No dia 2 de junho, o padre Stanislaus Mbamara, da diocese de Nnewi, foi sequestrado e depois solto.

Em maio, o padre Matthias Opara, da arquidiocese de Owerri, foi sequestrado enquanto voltava de um funeral e depois libertado no domingo de Pentecostes de 2023.

Alguns dias antes, em 19 de maio, o padre Jude Kingsley Maduka, da diocese de Okigwe, foi sequestrado e libertado após três dias de cativeiro.

A Associação Cristã da Nigéria (CAN), que inclui representantes da Conferência Episcopal da Nigéria, pediu ao presidente Bola Ahmed Tinubu, empossado em 29 de maio, que priorize a segurança e as dificuldades econômicas do país.

O bispo de Sokoto, dom Matthew Hassan Kukah, havia pedido ao presidente que identificasse o que está por trás das "cicatrizes, feridas e lesões" dos nigerianos, encorajando-o a priorizar sua cura.

Falando na posse presidencial, que aconteceu em Abuja, dom Kukah lamentou que no país muitos cidadãos tenham perdido suas vidas e muitos outros estejam em cativeiro.

O bispo, que também é conhecido por promover a boa governança, disse: "A pior coisa que nos pode acontecer é fingir que está tudo bem, porque nem tudo está bem".

A Nigéria tem lutado contra o aumento da violência orquestrada por gangues, cujos membros fazem ataques indiscriminados, sequestros para resgate e, em alguns casos, assassinatos.

Desde 2009, a Nigéria vive a insurgência do grupo terrorista Boko Haram, que visa transformar a Nigéria em uma nação islâmica.

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